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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Venda externa de soja recua, mas milho ensaia recuperação

Depois de ser alavancada pela China durante meses, a média diária das exportações de soja do País recuou 29,8% em setembro, de US$ 91,8 milhões para US$ 64,4 milhões. A receita também é 12,9% menor do que a observada em setembro de 2008. Além do menor apetite chinês, o câmbio foi um dos fatores da queda.O mercado internacional como um todo já dá sinais de enfraquecimento. No último pregão realizado na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), as operações do complexo soja encerraram em forte baixa e ultrapassaram o piso de US$ 9 por bushel em todos os vencimentos. Foi o menor patamar das últimas oito semanas.Um dos fatores para a desaceleração das cotações do grão é a entrada da safra dos Estados Unidos e o aumento da sua projeção. A consultoria norte-americana Informa Economics divulgou uma previsão de 3,383 bilhões de bushels na temporada 2009/2010. No relatório anterior, a previsão era de safra de 3,372 bilhões de bushels. O volume estimado também é maior que a última projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) que previu a produção em 3,245 bilhões de bushels.Os números referentes ao processamento de soja das indústrias no Brasil também indicam um desaquecimento. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o esmagamento da soja em agosto somou 2,129 milhões de toneladas. Em julho, o processamento havia sido de 2,191 milhões de toneladas. Em agosto do ano passado, o esmagamento foi de 2,949 milhões de toneladas.A previsão da Abiove é de que o processamento totalize 29,8 milhões de toneladas na temporada 2009/2010, iniciada em fevereiro. Na temporada anterior, o processamento ficou em 31,895 milhões de toneladas.Apesar de os números apontarem para uma relação entre oferta e demanda negativa para o produtor e preços que acompanham essa tendência, players do mercado continuam a apostar na valorização da commodity no longo prazo. De acordo com Pedro Valente, diretor de produção do Grupo André Maggi, a soja deverá subir para US$ 11 o bushel no próximo ano, com o aumento da demanda chinesa por ração para gado e óleo de cozinha. "A oleaginosa deverá pairar entre o preço atual, de cerca de US$ 9 o bushel, e US$ 11 o bushel em 2010", disse Valente. "A demanda internacional está forte", disse Valente. "A demanda chinesa deve continuar firme, o que ajudará a dar sustentação aos preços."Os contratos futuros de soja despencaram 27% nos últimos três meses em Chicago, com o aumento da safra dos Estados Unidos, o maior produtor mundial do grão. As compras da China, o maior importador mundial da oleaginosa, deverão deter a queda e levar a uma recuperação dos preços, disse Valente.A China vai processar 43,3 milhões de toneladas de soja em óleo de cozinha e outros produtos em 2010, volume 5,7% maior que o deste ano, disse o USDA. O consumo de farelo de soja, usado para alimentar gado, pelo país asiático vai aumentar 6,9 %, para 33,9 milhões de toneladas.Os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA) que avaliam o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, IqPR, também se mostram otimistas quanto ao futuro dos preços da soja. Em pesquisa divulgada na última sexta-feira, entre os produtos brasileiros com relevância no mercado internacional, eles destacaram a soja, cujo preço se mantém no mesmo nível do ano passado, sugerindo "continuidade do crescimento da economia chinesa, importante mercado para a soja brasileira".
Milho
As cotações do grão seguem em queda, mas as exportações apontam para uma recuperação. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o Brasil exportou no mês passado 716,3 mil toneladas de milho, 96% a mais do que em agosto. O preço médio, no entanto, foi decaindo de US$ 195 por tonelada em julho, US$ 170 em agosto e US$ 160 em setembro. O aumento do volume exportado está ligado aos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), que concedem subvenção ao frete da região produtora até os portos.
Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria

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