O milho de verão cobre 8,16 milhões de hectares, área 5% menor que a de um ano atrás, mas pode render 32,96 milhões de toneladas. Considerando uma provável produção de 19,63 milhões de toneladas na 2ª safra, o país pode chegar a 52,59 milhões de toneladas de milho, o segundo maior resultado da história, superado apenas em 2007/08.
As previsões são de produtividade 6,9% melhor na soja e 11,7% melhor no milho, índices que se sustentam não só na expectativa de um clima melhor, mas também na redução dos custos de produção, principalmente dos fertilizantes, que está permitindo maior investimento em tecnologia. Com área e produtividade maior, a produção da soja tende a crescer 12,3% nesta safra, na comparação com os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do ano passado. O milho terá produção 1,88% menor. O incremento de 11,7% na produtividade será quase suficiente para compensar a redução de 12,1% na área de cultivo.
Se o clima colaborar e o desempenho da produção brasileira confirmar as tendências apontadas pela Expedição Safra, o país pode retomar o crescimento interrompido no ciclo anterior e perseguir a meta de 145 milhões de toneladas de grãos. Com um volume total estimado acima de 117 milhões de toneladas, soja e milho darão contribuição decisiva nesse sentido. As maiores safras de soja e milho do Brasil foram de 60 e 58 milhões de toneladas, respectivamente, na temporada 2007/08, quando a safra nacional de grãos apurada pela Conab superou as 144 milhões de toneladas. No ciclo passado, por conta da estiagem que prejudicou a Região Sul, houve um recuo para 135 milhões de toneladas.