Blogger com o Intuito de levar aos Brasileiros, o ramo do Agronegócio e do Meio Ambiente no Oeste do Paraná.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Oeste dá a largada na colheita de soja no PR


Produtores aproveitam fim de semana ensolarado para inciar trabalhos de campo. Em área recorde, estado tem potencial para colher a sua maior safra de soja da história. Produção pode ultrapassar 13 milhões de toneladas
Foi dada a largada para a colheita da soja no Paraná. O ponta-pé inicial da safra de verão foi na última sexta-feira na Região Oeste do estado. O fim de semana ensolarado depois de vários dias de chuva permitiu que o agricultor Luiz Mengarda, de Pato Bragado, tirasse suas máquinas do galpão. Os trabalhos evoluem rápido. Em um verão chuvoso de El Niño como este não há tempo a perder. É preciso aproveitar qualquer abertura de sol. A colheitadeira que retira a soja do campo é seguida por uma plantadeira, que joga as sementes do milho que será colhido na metade do ano, conta Cévio, filho de Luiz.
A pressa é para semear a safrinha, mas também para evitar prejuízos na soja. O verão quente e úmido deixou as plantas mais suscetíveis ao ataque de fungos e pode comprometer a qualidade dos grãos colhidos. Na propriedade dos Mengarda, o problema foi a macrofomina, ou podridão cinzenta da raiz. “É uma doença que ataca a raiz das plantas e que não tem como controlar”, explica Cévio. Dependendo da severidade da infestação, pode causar maturação desuniforme da lavoura e até morte prematura das plantas. “Por isso apressamos a colheita. Por causa da macrofomina o ciclo foi antecipado em cerca de 10 dias. A soja que estamos colhendo agora foi plantada no início de outubro.”
Mesmo antecipando a colheita, Cévio relata que nos primeiros talões colhidos, que foram afetados pela doença, haverá redução de 20% a 30% na produtividade da lavoura. “Era soja com potencial para 3,5 mil quilos por hectare. Mas está rendendo apenas 2,5 mil quilos nas primeiras colheitas”, lamenta. Luiz e Cévio Mengarda cultivaram neste verão 484 mil hectares de soja e esperam fechar a temporada com rendimento médio de 3,1 mil quilos por hectare. No ano passado, a produção foi prejudicada pela seca e a produtividade média caiu a 1,2 mil quilos por hectare.
Em todo o Paraná foram cultivados neste ano 4,4 milhões de hectares com soja. O potencial é para recordes 13,1 milhões de toneladas, conforme apurou a Expedição Safra RPC em novembro. As chuvas do final do ano passado permitiram aos produtores antecipar o plantio de verão. A colheita, contudo, começa dentro do prazo normal. Geralmente, os trabalhos de campo da soja, que abrem a temporada de verão, têm início na segunda quinzena de janeiro no estado. A área colhida até agora ainda é pequena e não aparece nas estatísticas oficiais. Em algumas regiões do estado, ainda é preciso esperar por uma pausa nas chuvas para colocar o maquinário no campo.
Produtores temem que o excesso de umidade prejudique o rendimento e a qualidade da safra. “Por enquanto, a grande preocupação é com o feijão, pois a colheita já está em andamento. Mas se continuar chovendo assim daqui para frente o milho e a soja também podem começar a ter problemas”, considera Margorete Demarchi, agrônoma do Deral.
“A chuva já está atrapalhando a safra, principalmente a de milho. Quem plantou mais cedo está tendo problemas. As plantas precisam de sol”, relata Nelson Me­­negatti, presidente do Sindicato Rural de Cascavel (Oeste). Em 45 dias (de 01 de dezembro a 14 de janeiro), a região recebeu cerca de 300 mm de chuva. Os mapas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) mostram volumes ainda maiores para o extremo Norte do estado, onde as precipitações chegaram a 600 mm no perídodo, 70% a mais que a média. Em anos normais, as chuvas acumulam em média 350 mm entre dezembro e janeiro no Paraná (período de 60 dias).
As previsões para o verão indicam que o clima deve continuar preocupando os agricutores nas próximas semanas. “Ao menos até fevereiro, as precipitações tendem a se manter acima da média no estado.As chuvas serão frequentes, sem períodos mais longos de estiagem”, diz Jonathan Cologna, do Somar Meteorologia. Segundo ele, o El Niño, fenômeno climático que intensifica as chuvas de verão no Sul do país, irá continuar ativo durante todo o primeiro semestre de 2010.


Fonte: Caminhos do Paraná

Show Rural Coopavel 2010 - Cascavel/PR

Brasil está entre os piores em poluição por ozônio

O Brasil está praticamente em último lugar em um ranking elaborado pelas universidade americanas Yale e Columbia em relação à poluição causada pelo ozônio - quanto mais próximo da 1ª posição, menos vezes o país ultrapassou o padrão de qualidade do ar para o poluente.
Atualmente, o ozônio é o poluente que mais preocupa quando o assunto é tratado no Brasil. E o Índice de Desempenho Ambiental 2010 indica que a apreensão tem fundamento. No ranking de 163 países, o Brasil está em 160º lugar - só ganha do Congo, Bolívia e Angola. É a pior posição do País em um total de 25 indicadores.
O Brasil também não se saiu bem no quesito cobertura florestal - ficou na 113ª posição - e em emissões per capita de gases de efeito estufa (143º lugar). A matriz energética limpa, baseada principalmente em hidrelétricas, ajudou o País a obter o 15º lugar "em intensidade de carbono" na área de energia.
Na classificação geral, o Brasil alcançou o 62º lugar, com 63,4 pontos, em um máximo de 100. Na versão anterior, de 2008, o País ficou em uma posição melhor - 35º lugar, com 82,7 pontos, entre 149 países.
Os primeiros colocados no ranking de 2010 são Islândia, Suíça, Costa Rica e Suécia. Eles conseguiram boas notas tanto no controle da poluição quanto na gestão de recursos naturais. Serra Leoa foi o pior colocado.
Muitos dados são de 2007 e 2008 e saíram de instituições como Banco Mundial e Nações Unidas. Alguns dados, porém, são de relatórios nacionais e não tiveram verificação externa. Os pesquisadores avaliam que os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) têm grandes populações e enfrentam problemas como poluição e má gestão. Por isso, precisam elevar investimentos ambientais, ter instituições mais eficientes e garantir a aplicação das leis.
Fonte: Gazeta do Povo