Blogger com o Intuito de levar aos Brasileiros, o ramo do Agronegócio e do Meio Ambiente no Oeste do Paraná.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

6º Encontro Cultivando Água Boa


Da esperança à preocupação


Entre uma chuva e outra, Paraná tenta tirar o atraso, mas precipitação contínua trava o plantio de verão no estado.

O verão úmido que antes inspirava esperança e projeções de safra cheia virou motivo de preocupação no Paraná. Sob chuvas quase ininterruptas desde o início do ciclo, os agricultores tentam aproveitar qualquer abertura de sol para colocar as máquinas no campo e avançar com o plantio de ve­­rão, que segue atrasado no estado. Os produtores entrevistados nas duas últimas semanas pela Expe­dição Safra da Rede Para­na­ense de Comunicação (RPC) afirmam que o atraso ainda não compromete o potencial produtivo da safra, mas dizem estar preocupados com o comportamento do clima.
As previsões mais recentes indicam que as chuvas devem continuar castigando o Paraná nos próximos meses e alguns modelos apontam para a possibilidade de veranico no final do ano, combinação que pode comprometer novamente os resultados da safra. Mas, por ora, a apreensão maior é mesmo com a umidade.
Fabio Becker, de Brasilândia do Sul, no Noroeste do estado, conta que mesmo com aberturas de sol entre uma pancada de chuva e outra, as máquinas permanecem nos galpões. Marcos Medola, sócio de Becker, diz que somente nos últimos 15 dias a região teve quatro ou cinco dias de chuvas pesadas. “Chegou a chover 140 milímetros numa noite só”, lembra.
Ainda que atrasado, o plantio da soja na propriedade de Becker está à frente do registrado na região. No Noroeste do Paraná, apenas 5% da área prevista para a oleaginosa foi implementada até agora. O normal para esta época do ano seria um índice em torno de 40%, relata o economista Ático Ferreira, técnico da Secretaria Es­­tadual da Agricultura e Abas­tecimento (Seab) em Umuarama.
A situação se repete por todo o estado. No Sudoeste, por exemplo, as lavouras de trigo estão prontas para serem colhidas, mas o solo encharcado dificulta a colheita da safra de inverno e, por conseqüência, atrasa o plantio de verão.
“Com toda essa chuva, de nada adianta ter duas ou três máquinas, pois elas ficam paradas no galpão. Já era para ter soja no campo, mas não consigo terminar de colher o trigo”, reclama o produtor Roberto Hasse, de Pato Branco. As lavouras de milho já foram implementadas nos 41 hectares destinados à cultura neste ano. No caso do cereal, a umidade é favorável o desenvolvimento das plantas.
Em Cascavel, no Oeste do Paraná, o produtor Darci Fracaro até tentou, mas mesmo com o sol não conseguiu retomar o plantio da soja, iniciado em meados de outubro. “Ainda tem muita umidade no solo. Não dá para entrar com a máquina”, diz o filho Jean Carlo Baggio Fracaro. Engenheiro agrônomo, Jean é o responsável por todo o planejamento da safra na propriedade dos Fracaro. Ele explica que a eclosão das plantas pode ser prejudicada se as sementes forem depositadas no solo excessivamente úmido e cair uma chuva logo em seguida. Além disso, colocar a máquina no campo nessas condições aumentaria a compactação o solo, o que, no longo prazo, pode comprometer a produtividade da safra.
Com o plantio de milho encerrado há mais de 15 dias, o produtor Klaus Ferder, de Guarapuava, nos Campos Gerais, espera uma pausa nas chuvas para começar a colheita do trigo e, em seguida, dar início ao plantio da soja. A safra de inverno, semeada com cerca de 20 dias de atraso por causa do excesso de umidade em julho, só deve começar a ser colhida na segunda quinzena de novembro na região.

Fonte: Gazeta do Povo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Governo amplia prazo a lavrador se adequar à lei

Uma das medidas anunciadas é cobrar obrigatoriedade da reserva legal, em vez de dezembro próximo, em junho de 2010.

O governo federal decidiu baixar um pacote para o setor rural. A ideia é preservar o agronegócio,
evitar que cerca de 3 milhões dos 4,3 milhões de propriedades pequenas e médias fiquem irregulares por questões ambientais e manter unida a base de sustentação no Congresso - composta, em parte, por ruralistas. O primeiro passo será adiar de 11 de dezembro para 11 de junho o início do prazo dado pelo decreto 6.686/2008 para que os proprietários rurais apresentem seus planos de cumprimento da legislação que determina a recomposição das áreas de preservação - 80% de reserva legal na Amazônia, 35% do Cerrado na Amazônia Legal e 20% no restante do País. Isso para os que já receberam notificações.
Os que ainda não foram notificados terão três anos para mostrar seus estudos de recomposição. Pelo decreto, os proprietários teriam de começar a cumprir as exigências ambientais em 11 de dezembro. Como poucos teriam condições de atender à legislação, tanto o Ministério da Agricultura quanto os ruralistas do Congresso começaram a pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a rever a data. Com as medidas, o governo acredita que resolverá as pendências legais de cerca de 95% (4,91 milhões) dos 5,17 milhões de propriedades rurais do País. Serão um decreto, a ser assinado pelo presidente na semana que vem, para adiar a entrada em vigor do que estabelece o prazo de 11 de dezembro, e uma medida provisória, para reformar parte do Código Florestal, de 1965, já mudado por uma MP. A iniciativa dará ao Brasil um trunfo para a reunião do clima, em Copenhague: preservação das florestas com desenvolvimento sustentável. Nos planos para a recomposição da reserva legal para as propriedades de áreas de até 150 hectares ou quatro módulos (400 hectares, na Amazônia) serão oferecidas pelo menos cinco alternativas para que o imóvel não fique ilegal. Poderão somar as áreas de proteção permanente (margem de rios, morros e encostas) à da reserva legal; optar pelo reflorestamento; comprar uma área em outro Estado, desde que na mesma bacia hidrográfica e mesmo bioma; comprar a cota de quem não desmatou ou desmatou menos; ou patrocinar áreas em parques estaduais ou federais.
Fonte: Jornal O Parana.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Clima compromete 60% da área dedicada ao trigo no Paraná


Por causa da chuva, produtores já contabilizam os prejuízos.


O excesso de chuva registrado em setembro e outubro no Paraná causou prejuízos significativos nas lavouras de trigo. As condições meteorológicas foram adversas para a cultura em 2009 como
lembra o diretor técnico da Faep, Pedro Augusto Loyola. “Esta safra, além das dificuldades climáticas, enfrenta uma crise internacional de preço e de mercado, e a propagação de doenças”.
Neste ano, o excesso de chuva coincidiu com o período do espigamento e se estendeu durante a formação de grãos, considerada uma das fases mais críticas para a definição da produtividade, e interferiu no manejo para controle de doenças como o brusone”, explicou o representante da Faep.
Segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná), em função do excesso de chuva, a safra deste ano deverá ser reduzida. “A safra será menor que a prevista e haverá impacto na qualidade e na produtividade.

E isso consequentemente vai acabar interferindo nos preços”, ressalta o diretor do Deral, Francisco Simioni. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) realizou um levantamento que revela que dos 1,3 milhão de hectares com trigo no Paraná, pelo menos 780 mil hectares, o equivalente a 60% da área, poderão sofrer prejuízos de até 80% devido ao excesso de chuva.
Otmar Hübner, técnico do Deral, comenta que o maior problema foi mesmo o prolongamento da chuva. “Nas regiões onde o trigo é plantado antes, a situação ficou pior. As espigas que não apodreceram acabaram favorecendo a germinação de grãos”, diz ele, acrescentando que, mesmo
com rigor visto nas lavouras do Estado, como o escalonamento no plantio, o uso de variedades diversas e manejo adequado, o clima deste ano foi atípico e pegou a todos de surpresa.


Grande parte das perdas nas lavouras de trigo do Paraná foi causada por fungos que se desenvolvem com a umidade e causam doenças como brusone e giberela. Essas doenças afetam a formação das espigas e o enchimento dos grãos, provocando perdas quantitativas e de qualidade na produção. Conforme o analista da Embrapa Trigo, Paulo Ernani Peres Ferreira, em algumas lavouras, começam a aparecer sintomas de giberela, que estão comprometendo em 10% o potencial produtivo das áreas afetadas pelo excesso de umidade e chuvas no momento do florescimento da cultura. Para minimizar os danos com giberela, a pesquisadora da Embrapa Trigo, Maria Imaculada Pontes Moreira Lima, recomenda acompanhar diariamente as previsões climáticas: “A ocorrência de giberela depende de precipitações pluviais elevadas, ou seja, dias consecutivos de muita chuva”, explica.


Fonte: O Paraná.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O agronegócio, o produtor e o consumidor


O agronegócio brasileiro está indo além da condição de maior gerador de empregos, renda e excedentes para a exportação entre todos os segmentos produtivos do País. Graças aos ganhos em produção e produtividade, elevou-se em 24% o poder aquisitivo dos consumidores nacionais, entre os anos de 1994 e 2006, ampliando ainda mais seus benefícios sociais.
Em outras palavras, ao produzir mais e melhor, o agricultor tornou os alimentos mais baratos na comparação com a evolução da renda do trabalhador e desta forma mais acessíveis à população. É o que demonstra estudo do professor Geraldo Barros, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e coordenador científico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. A agropecuária, segundo ele, além dessa contribuição direta para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro, ainda ofereceu mais de 300 bilhões de dólares em superávits da balança comercial, que elevaram as reservas do País. Graças a esse desempenho do agronegócio, portanto, o País pôde avançar no pagamento da dívida externa nos últimos anos e passar da condição de devedor para a de credor do FMI.
Entre 1975 a 2006, os estudos do professor Geraldo Barros mostram que os preços agropecuários caíram em média 60% para o consumidor, na medida em que a produtividade dobrou, elevando os efeitos positivos do aumento real dos salários. Em compensação, no mesmo período, a lucratividade média do produtor rural brasileiro diminuiu 20%, punindo aquele que mais tem contribuído para o crescimento econômico e estabilidade social do País. Esse fenômeno, por sinal, tem explicação. Comparando dados do IBGE, de 1995 e 2006, o especialista mostra que a perda de renda, apesar do bom desempenho do setor primário, se deve à quase ausência do Estado no cumprimento de seu papel de apoio à agropecuária.
A análise de informações de regiões mais carentes ainda denuncia índices elevados de analfabetismo entre os agricultores, além da falta de orientação técnica e de acesso ao crédito rural. Mesmo assim, o período foi de expressiva expansão do setor, tanto na produção de alimentos, como de fibras e energia.
A produção cresceu e, ao mesmo tempo, ocorreu queda significativa nos preços ao consumidor, como também se avançou no mercado externo, apesar do protecionismo dos países desenvolvidos, que tem prejudicado a lucratividade do agronegócio brasileiro.
Em contrapartida, houve redução de quase 7% na área dos estabelecimentos rurais, o que demonstra que a agropecuária nacional não está devastando a Amazônia e nem derrubando florestas nas demais regiões do País.
É injusto, portanto, que na contramão da produção, produtividade, preservação ambiental e acesso dos consumidores aos alimentos, esteja a renda do agricultor caindo, pois isso pode comprometer o futuro do setor. Tanto que em 2006, um ano considerado bom para a agropecuária, a renda do homem do campo foi 2% menor do que em 2005 e 12% inferior a 2004.
Esse resultado, segundo o professor Geraldo Barros, refletiu a redução de 15% nos investimentos
em insumos e tecnologia no campo, em relação a 2004, com conseqüências diretas na produção e ganhos do produtor. Conforme os dados do IBGE, a produção de soja de 2006, de 40,7 milhões de toneladas, foi 17,3% inferior à de 2004, de 49,2 milhões de toneladas.

Fonte: Jornal O Paraná

Relação estoque/consumo de açúcar é o menor em 20 anos


A relação entre estoques mundiais de açúcar e consumo é a mais baixa já registrada em cerca de 20 anos, de acordo com o presidente da Organização Internacional do Açúcar (OIA), Peter Baron. Segundo ele, esta relação está em 31,79% na atual safra 2009/10 depois de ficar em 37,47% na anterior. "Desde a safra de 1989/90 que os estoques não ficam tão baixos em relação ao consumo", afirmou Baron durante a Conferência Internacional de Açúcar e Álcool, que é realizada em São Paulo.
Baron afirma que os principais países exportadores já consumiram a maior parte de seus estoques depois de dois anos de déficits consecutivos. A demanda nesses países é maior do que a oferta de 19 milhões de toneladas. Segundo ele, o déficit mundial de açúcar deve durar ainda por cerca de 18 meses. Na safra mundial 2009/10, o déficit atingirá 8,4 milhões de toneladas.
O executivo da OIA estima a produção mundial de açúcar em 2009/10 em 159,042 milhões de toneladas e o consumo em 167,44 milhões de toneladas. Para Baron, os estoques estão bastante apertados e qualquer redução imprevista, como os problemas climáticos no Brasil, podem tornar esse problema mais sério. "Este cenário justifica os atuais preços elevados", explica.
Baron disse também que a resposta dos produtores brasileiros aos preços elevados será mais lenta que o normal em virtude da crise financeira em que o setor se encontra. "Muitas usinas não estão aproveitando o período de alta de preços do açúcar porque estão pagando suas dívidas. Estes ganhos não se traduzirão em novos investimentos. A não ser as 15 usinas esperadas para entrar em operação em 2010/11, não existem novos projetos em andamento no Brasil", diz.
Ele acredita que a resposta da Índia, por exemplo, será mais rápida do que o Brasil, em relação aos preços elevados do açúcar Segundo o representante do Departamento de Alimentação e Distribuição Pública da Índia, Abinash Verma, depois de registrar uma safra de cerca de 17 milhões de toneladas em 2009/10, a produção deve subir para 26 milhões de t em 2010/11.

Fonte: Gazeta do Povo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Soja: um desafio saudável



Lançado em maio passado, o CESB (Comitê Estratégico Soja Brasil) promove, com inscrições até dezembro, o “Desafio Máxima Produtividade para a safra 2009/2010”, que tem como principal objetivo criar um ambiente de difusão tecnológica para elevar a produtividade da sojicultura brasileira. O Desafio vai criar um intercambio nacional e regional para estimular produtores e técnicos a desafiarem seus conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de práticas inovadoras de cultivo que, de maneira sustentável, resultem numa maior produtividade na mesma área plantada e maior rentabilidade para o produtor.
Claro que o sojicultor brasileiro é um produtor moderno e, por seus próprios meios, já atingiu um nível que se pode considerar muito bom. Isso está demonstrado pela participação da soja no agronegócio brasileiro e na balança de exportações. A proposta do CESB agora é aumentar a produtividade com rentabilidade, sem aumentar a área plantada.
Atualmente, a soja brasileira alcança, em média, produção de 2.661 kg por hectare, e o desafio lançado é passar dos 4.000 kg. Para isso, o Comitê propõe implantação de uma plataforma tecnológica que, uma vez criada, será acessada por todos os produtores. Novas técnicas de plantio serão conhecidas bem como capacitação e troca de experiências para permitir maior colheita, mais lucro para o produtor, mais divisas para o país. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o Brasil deverá colher 62 milhões de toneladas de soja até o final do ano, um recorde da produção nacional.
Para participar do Desafio, os sojicultores e técnicos devem atender alguns pré-requisitos exigidos no regulamento do programa como, por exemplo, obedecer à legislação trabalhista e/ou os contratos coletivos de trabalho firmados pelos sindicatos da região em que atuam. As inscrições devem ser feitas no site http://www.desafiosoja.com.br/, onde se encontram as regras e demais informações do Desafio.
Visando o reconhecimento dos participantes, os organizadores pretendem oficializar o resultado em cerimônia oficial. Como premiação, o grupo de sojicultores e técnicos que alcançar os melhores resultados realizará uma viagem técnica aos Estados Unidos, onde os participantes visitarão produtores de alta produtividade e centros avançados de tecnologia, com intuito de promover troca de conhecimento, o que certamente retornará maior produtividade aos destaques.


Fonte: Comitê Estratégico Soja Brasil

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um prejuízo de R$ 3,3 bilhões


Principais culturas do país devem dar uma receita 4,5% menor do que a da safra 2008/2009. Queda de preços é benéfica para o controle da inflação, mas prejudica produtores.

Os produtores do Centro-Sul do Brasil começaram a plantar neste mês a próxima safra de grãos no pior dos mundos: há queda dos preços em dólar das commodities agrícolas no mercado internacional e a moeda americana atingiu na quinta-feira R$ 1,69, a menor cotação desde setembro do ano passado. Como os preços agrícolas no mercado doméstico são balizados pelas cotações internacionais em dólar, a perspectiva é de que a receita obtida com a produção de soja, milho, arroz, feijão, trigo e algodão caia quase 4,5%, em termos reais, no ano que vem, segundo estimativa da RC Consultores.
Para a safra 2009/2010, a consultoria projeta que a receita real obtida com esses grãos atinja R$ 80,2 bilhões. Isso significa que os agricultores vão deixar de embolsar R$ 3,3 bilhões em relação à última safra, sem contar a perda na rentabilidade. Os cálculos da consultoria foram feitos levando-se em conta uma safra 138,4 milhões de toneladas de grãos, ante a produção atual de 135,2 milhões de toneladas. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Companhia Nacional de Abas­tecimento (Conab) preveem uma produção ainda maior para 2010, que pode chegar a 142 milhões de toneladas.
Se, de um lado, a maior oferta de grãos deprime ainda mais os preços e afasta o risco de inflação no País para 2010, ela pune os produtores. “Com esse cenário adverso, a agricultura vai continuar apanhando”, prevê o sócio da consultoria Fabio Silveira. Para a coordenadora de assuntos econômicos da CNA, Rosemeire dos Santos, “a única certeza do agricultor para a próxima safra é a baixa rentabilidade”.
A inversão nos preços dos grãos no mercado internacional, especialmente da soja, ocorreu em meados deste ano, ressalta Silveira. Nos últimos três meses, o índice de preços agrícolas no atacado calculado pela consultoria caiu 30% em reais. Essa queda reflete o recuo das commodities no mercado externo em razão da maior oferta de produtos, a saída de fundos especulativos do mercado de commodities, motivada pela perspectiva de baixa rentabilidade dos grãos, e a valorização do real ante o dólar.
A questão é que os produtores já tinham definido o que plantar e feito as compras de insumos quando o cenário virou. “Com­pramos o táxi e temos de colocar o carro para rodar”, compara o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira. Hoje, 8% da área do Estado já começou a ser semeada com soja. Na semana retrasada, Glauber foi a Brasília para chamar a atenção do governo sobre o provável desastre em 2010. Ele se reuniu com técnicos dos Ministérios da Fazenda e da Agricultura para pedir um aporte de adicional de R$ 1 bilhão no orçamento federal. O dinheiro seria destinado à comercialização da safra 2009/2010 do Estado.
Por estar distante do Porto de Paranaguá, o que eleva os custos de exportação, o presidente da Aprosoja-MT diz que a produção de soja do Estado é a mais afetada pelos preços baixos. Nas contas do agricultor, só por causa do recuo do dólar nas últimas semanas, o produtor terá um custo adicional de R$ 3 por saca para transportar uma saca de soja até porto. Além disso, Glauber destaca que, com a soja cotada a US$ 9 por bushel (27,2155 quilos) na Bolsa de Chi­cago, não é possível cobrir o custo de produção.
No primeiro semestre, o produto chegou a ser cotado na bolsa a US$ 13 por bushel. O preço de US$ 9 por bushel corresponde a R$ 22 por saca de 60 quilos. E o custo de produção da saca em Mato Grosso é de R$ 25. “O preço atual da soja mal cobre os custos de produção na nossa região”, afirma o presidente da Cooperativa Agroin­dustrial dos Produtores do Sudoeste Goiano (Comigo), Antonio Chavaglia. Para ele, a mudança de rota dos preços internacionais por causa da maior oferta de soja no mundo e a valorização do real provocam uma grande apreensão dos produtores. “Hoje ninguém tem segurança de que vai plantar e conseguir tirar os custos de produção com a receita da venda da safra.”
Na sua avaliação, o fator que mais afeta a rentabilidade do agronegócio é o dólar. Rosemeire, da CNA, ressalta que o real valorizado e o preço em dólar das commodities em queda são fatores ir­­reversíveis para a safra 2009/2010 de grãos. Silveira, da RC Con­sultores, projeta para 2010 queda de preços em dólar para soja (6%), milho (8%) e trigo (9%). O cenário mais favorável, diz ele, é para o algodão, que tem a perspectiva de uma alta de 6% para 2010 em razão da queda na produção e do aumento das compras da China.
No caso da soja, a China, que foi uma grande compradora no primeiro semestre, freou as importações, diz Silveira, e passou a pressionar para baixo os preços, diante da oferta abundante. Segundo previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os três principais produtores de soja (EUA, Brasil e Argentina) terão supersafras.

Fonte: Gazeta do Povo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Encontro debate experiências e desafios sobre o meio ambiente


Pela primeira vez Foz do Iguaçu recebe o Encontro Paranaense de Educação Ambiental, que tem este ano o tema “Educação, Cultura para a Paz e Sustentabilidade Local/Planetária”. A abertura aconteceu na quinta-feira e segue durante o dia de hoje, nas dependências do Parque Tecnológico de Itaipu - PTI. O evento pretende possibilitar que alunos, professores e gestores ambientais ampliem seus conhecimentos, contribuindo para uma prática educativa mais crítica, reflexiva e participativa, frente aos problemas sócio-ambientais vigentes. Para o Secretario Municipal de Meio Ambiente, Edson Mezomo, “é uma situação muito importante e de grande valia a participação dos alunos, educadores e da população para que se tenha conhecimento de outras áreas. Eles podem discutir sobre os projetos apresentados e vão ter mais informações para passar para os alunos, que estão muito interessados nesse assunto ainda mais quando se fala em plantas e recursos hídricos”.


Fonte: O Paraná.

Comercialização de milho e algodão transgênico é liberada pela CNTBio


As duas variedades são resistentes a insetos.

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou ontem duas variedades de milho e uma de algodão transgênicos. A análise da liberação comercial de arroz geneticamente modificado, que foi alvo de protesto do Greenpeace, foi adiada e deve acontecer na próxima reunião do colegiado. As variedades de milho liberadas são resistentes a insetos. Já o algodão transgênico, além de resistente a insetos, é tolerante ao herbicida glifosato. A liberação de uma das variedades de milho e do algodão atende pedidos da multinacional Monsanto.
A comissão também aprovou uma vacina contra infecção intestinal de aves e 13 pedidos de pesquisa. A liberação comercial de arroz tolerante ao herbicida glufosinato de amônio ficou de fora da pauta. A CTNBio fez questionamentos à empresa responsável pelo pedido, mas as respostas não foram enviadas em tempo hábil para análise na reunião de hoje. O item deve voltar à pauta na próxima reunião, no dia 19 de novembro.

Fonte: Jornal O Paraná.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ministro defende plantio direto contra efeito estufa


Essa prática já vem sendo adotada nas culturas de soja e feijão.



O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu ontem, na Câmara dos Deputados, a adoção do plantio direto como forma de reduzir a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global. De acordo com o ministro, a agricultura é responsável por mais de 50% do efeito estufa e, por isso, sua manipulação adequada precisa ser prioridade. Stephanes ressaltou que, nesse ponto, o Brasil já está colaborando para a redução do efeito estufa com o plantio direto da soja e do feijão, sistema que, segundo ele, pode abranger outras culturas nos próximos anos.

Para ele, outro manejo importante é a fixação do nitrogênio nas colheitas e a eliminação das queimadas. “A terra é um depósito de carbono e pode ser manipulada de forma mais racional”. O País já tem um projeto de desmatamento zero para a agropecuária, que, segundo o ministro, é “bem construído e bem instrumentalizado”. Já foi estabelecido o zoneamento para o plantio de cana, com restrição ao desmatamento para essa cultura e para os projetos agropecuários. De acordo com Stephanes, a integração entre lavoura e pecuária é a prática que tem que ser seguida para reduzir a emissão de gases na atmosfera. O ministro fez as declarações ao participar do seminário O Setor Sucroenergético e o Congresso Nacional: construindo uma agenda positiva, que está sendo realizado no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.


Fonte: Jornal O Paraná.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

1º Conferência Nacional de Saúde Ambiental


Maiores informações no site da Secretária da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná: http://www.seab.pr.gov.br/

Congressos sobre agroecologia vão reunir produtores e pesquisadores da América Latina



Para discutir práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente e ao consumidor, será realizado, em Curitiba, o 4.º Congresso Brasileiro e 2.º Congresso Latino-Americano de Agroecologia. Estudantes e pesquisadores têm até 30 deste mês para inscrever seus trabalhos. Os melhores artigos serão selecionados para apresentações no congresso, que contará com estandes, palestras, mesas-redondas e visitas técnicas.O conceito de agroecologia surgiu nos anos 70, quando pesquisas revelaram a relação entre doenças e produção de alimentos. Os danos causados no meio ambiente pelos agrotóxicos e adubos químicos também afetam, diretamente, o consumidor, já que os produtos continuam contaminados depois da colheita. Isso ocorre principalmente nas monoculturas dependentes de insumos químicos.A agroecologia se baseia na agricultura sustentável e familiar e em sistemas produtivos diversos e complexos, adaptados às condições de cada local e às redes regionais de distribuição e produção de alimentos. A premissa da agroecologia está na dinâmicas da natureza. A sucessão natural permite que a fertilidade do solo se restaure sem o uso de fertilizantes minerais e que se cultive sem o uso de agrotóxicos.SUSTENTABILIDADE – A preocupação com a sustentabilidade é a característica principal desta ciência, já que, são necessárias as garantias de preservação do ambiente, dos recursos hídricos, dos ecossistemas naturais, da vida silvestre e ao mesmo tempo, a segurança alimentar do consumidor.O encontro se propõe a discutir esses temas, de 9 a 12 de novembro, na Universidade Positivo. Produtores, pesquisadores e estudantes de diversas partes da América Latina e do Brasil são esperados. Segundo a organização do evento, 1.500 pessoas já se inscreveram e a expectativa é que mais de 3 mil compareçam nos três dias.Além de todas as discussões técnicas, palestras e visitas campais, atividades culturais também serão feitas. Um palco será montado para manifestações artísticas e culturais regionais, nacionais e latino-americanas. Estão confirmadas as presenças do Coral Angolano e do grupo de fandango Mandiquera de Paranaguá.As inscrições para os congressos podem ser realizadas pelo site http://www.agroecologia2009.org.br/ até 30 de outubro. É obrigatório, que o autor, faça a inscrição e pague o boleto em seu nome, para que o trabalho seja publicado nos anais.

Agricultor poderá ser remunerado por preservar solo e água na propriedade


Está em discussão na Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa repassar à sociedade os custos de conservação da água no meio rural. O projeto prevê o envolvimento dos produtores rurais que se comprometem a conservar o solo. E com isso, ele colabora para a preservação das nascentes de água e das bacias hidrográficas. E também o envolvimento de toda a sociedade que passa a pagar o serviço prestado pelo agricultor para ter acesso a uma água limpa e de qualidade.O projeto foi apresentado em Curitiba na quinta-feira (08) pelo representante da Agência Nacional de Águas (ANA), Devanir Garcia dos Santos, ao Governo do Paraná. Participaram do encontro representantes das Secretarias da Agricultura e do Abastecimento, do Meio Ambiente, da Sanepar, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR).Para o representante da Secretaria da Agricultura, Erick Shaitza, que conduz o Programa de Gestão Ambiental Integrada em Microbacias, existe uma demanda da ordem de R$ 35 milhões em programas de preservação dos solos no Paraná. “Esse projeto representa uma possibilidade de apoio para esses programas”, observou.Segundo Shaitza, ao todo são 29 microbacias espalhadas pelo Estado do Paraná, localizadas em diversos municípios e, principalmente, localizadas no entorno de propriedades rurais. Quando o agricultor não se preocupa com a manutenção correta do solo e com a gestão adequada à sua propriedade, essas bacias tendem a ser prejudicadas, seja pela escassez de água ou pela poluição da água armazenada.Com isso, não apenas o agricultor, que depende da bacia para irrigação, tratamento e gestão da sua propriedade, fica prejudicado. A sociedade também sai perdendo, uma vez que depende das águas dessas bacias para o abastecimento dos municípios do Estado. Com base nesse benefício que a preservação ambiental traz para a população, a ANA idealizou o programa “Produtor de Água”.O programa tem por objetivo remunerar a população rural que vive em regiões de bacias e, assim, promover a conservação, revitalização e recuperação da água e ecossistemas do entorno. Tudo isso pode ser executado através do planejamento para melhor uso da água integrado ao planejamento ambiental e, principalmente, à gestão de uso do solo. A partir dessa integração entre os produtores rurais e as ações ambientais, surge a ação que originou o nome do programa. que é “a transformação da água que causa enchente e erosão em água de abastecimento das bacias”, explica Devanir Garcia dos Santos.Ao aderir ao programa, o agricultor deixa de ser um agente causador de problema para ser um agente solucionador e participante dos processos de preservação ambiental, além de prestador de um serviço que favorece toda a sociedade. Para o professor Henrique Chaves, da Universidade de Brasília (UnB), que também participou do encontro, o produtor rural é um potencial gerador de serviços ambientais (práticas adotadas para manutenção do ecossistema através do esforço humano) e ressalta que a conservação do solo reduz custos para a sociedade civil e diminui o risco de racionamento de água nos períodos mais secos do ano.Em relação à forma de pagamento do agricultor, Devanir dos Santos explica que o projeto prevê a remuneração proporcional ao tamanho e a área preservada e recuperada da propriedade e que a forma mais sensata de adquirir recursos para esse pagamento é através da cobrança por esse serviço diretamente na conta de água dos usuários. Segundo ele, isso porque é um benefício revertido para toda a sociedade que, sem dúvida, é favorecida pela conservação da água doce do Estado. “Quem usa, paga e quem disponibiliza, recebe”, elucida Devanir, que afirma ser importante entender que este pagamento não pretende ser uma fonte de renda para o produtor rural mas, apenas, um incentivo à preservação.
Fonte: Seab/PR

Nesta safra, o desafio é o mercado


Cotações em queda ameaçam corroer aumento na produção. Ainda abatido pelas perdas da última safra, produtor tenta vender no melhor momento, mas esbarra em incertezas.


Depois de um ano de perdas climáticas, o produtor de grãos terá de driblar o mercado para garantir boa rentabilidade na safra 2009/10, em fase de plantio. Boas perspectivas – como a previsão de crescimento da área da soja em 4% (para o recorde de 4,3 mi­­lhões de hectares) e a expectativa de produtividade até 20% maior no milho no Paraná – vêm sendo ofuscadas pelos indícios de como serão as negociações nos próximos meses.
A comercialização será mais difícil neste ciclo devido à safra recorde dos Estados Unidos e à maior produção prevista para a América do Sul, avalia o economista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado. No Pa­­ra­­ná, esse quadro mantém o produtor mais longe do mercado do que habitualmente. Perto de 10% da safra do verão passado, de milho de soja, ainda não fo­­ram vendidos.

A grande oferta de grãos no mercado internacional estaria abreviando os momentos de co­­tações lucrativas e tornando mais raros os bons negócios. Quem mais sofre são os produtores de regiões com desvantagens logísticas, como o Centro-Oeste do país. Problemas como o alto custo do transporte tendem a se mostrar mais pesados num ano de margens de lucro reduzidas.
“A baixa dos preços internacionais, associada à valorização do real diante do dólar no Brasil, é um grande problema a curto e médio prazo. O produtor não está vendendo. Enquanto isso, os preços bons passam. A oferta crescente tende a alongar esse quadro”, analisa Molinari.
Enquanto tomadores de preços, o que os produtores podem fazer para elevar sua lucratividade é trabalhar com vendas antecipadas, aproveitando as melhores cotações, mas poucos atuam no mercado futuro, por exemplo. A maior parte das vendas que antecedem a colheita é feita através de contratos que travam o preço do produto ou a cotação do dólar em relação ao real.
Na região agrícola mais favorável do país ao produtor de grãos, os Campos Gerais paranaenses, os agricultores ainda preferem vender no mercado físico. A menos de 200 quilômetros do Porto de Paranaguá, eles recebem mais por seus produtos, justamente pelo menor custo de transporte. E as lavouras são mais produtivas que no Cerrado do Centro-Oeste, pela alta concentração de matéria orgânica proporcionada pelo plantio direto na palha.
O produtor Newton Tra­­mon­tin, que atua nos Campos Ge­­rais, no município de Ipiranga, não conseguiu aproveitar as me­­lhores cotações do último ano e, com soja e milho estocados, prevê queda nos preços. Sua situação é um bom exemplo do que boa parte dos agricultores enfrenta. Ele ainda não vendeu 50% da produção de soja da safra passada e 40% da de milho. As 13 mil sacas da oleaginosa que sobraram estão em depósitos de indústrias que cobram R$ 1 por saca pela armazenagem durante o ano.
Outras 3 mil sacas de milho ficaram em armazéns próprios. Além dos preços baixos, é preciso assumir custos de armazenagem. Quando deixa o produto nos ar­­mazéns dos compradores, o produtor brasileiro perde po­­der de barganha. Escolhe o mo­mento da venda, mas se obriga a aceitar o preço de balcão. Quando os grãos ficam em armazéns próprios, ainda é possível escolher a melhor oferta do mercado disponível. Mesmo assim, atuando só no mercado físico, a segunda opção nem sempre faz diferença.
Para Tramontin, reservar a me­­­­lhor situação para o milho foi praticamente inútil, porque os melhores preços do ciclo pa­­recem ter passado. “Poderia ter vendido por R$ 26 a saca, mas a cotação caiu a R$ 18.” No ca­­so da soja, em sua região, o pre­­ço da saca passou de R$ 50, mas recuou a R$ 45.
A queda nas cotações está relacionada ao mercado internacio­­nal, mas no caso do milho é agra­­vada pelo mercado interno. O Paraná começou o plantio de verão com 33% do cereal produzido no último ano (ve­­rão e inverno) ainda nas mãos dos produtores. Dos 11,3 mi­­lhões de toneladas colhidos, num ano de quebra por causa da seca, 3,7 milhões não ti­­nham sido vendidos por produtores e cooperativas.


Fonte: Caminhos do Campo.

Chuva antecipa chegada da ferrugem asiática no Paraná


Benéfica para o plantio antecipado, umidade excessiva cria ambiente ideal para a proliferação do fungo causador da doença e deixa sojicultores em alerta.


As chuvas acima da média que castigam o Paraná desde setembro não prejudicam somente a safra de trigo. A primavera mais úmida que o normal antecipou também a chegada ao estado do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, . Nesta safra 2009/10, o primeiro foco foi identificado no final de setembro em plantas de soja guaxa (voluntária) na Rodovia do Café, entre Londrina e Cambé, na região Norte. Até então, a ocorrência mais precoce da doença no Paraná havia sido registrada na safra 2005/06, em meados de novembro, também em plantas voluntárias.
Na temporada passada, os primeiros registros de ferrugem em soja guaxa no Paraná ocorreram no início de dezembro. Em lavouras comerciais, a disseminação do fungo só ganhou ritmo no estado em janeiro. “No ano passado, com o tempo mais seco, a doença demorou mais para aparecer. Neste ano, a chuva veio antes e a ferrugem também”, explica Cláudia Godoy, pesquisadora da Embrapa Soja, de Londrina, entidade que coordena o sistema de monitoramento da doença do Consórcio Antiferrugem.

Até o fim da semana passada, ainda não havia registro de ferrugem em lavouras comerciais parananeses. O foco de Londrina era a única ocorrência identificada pelo Consórcio. Ainda assim, a chegada antecipada da doença causa preocupação. “A constatação precoce da ferrugem é bastante preocupante, porque o fungo está no ar à espera do desenvolvimento dos primeiros plantios de soja. A doença está em fase inicial, mas apesar das infecções serem relativamente recentes há abundante esporulação”, relata o pesquisador José Tadashi Yorinori, da Embrapa Soja.
“Os produtores paranaenses devem ficar alertas, principalmente os do Oeste do estado, onde o plantio está mais adiantado”, recomenda Cláudia. Se­­gundo ela, até a semana passada, as plantadeiras já haviam passado por 15% da área prevista para a soja na região. Quando considerado todo o estado, esse índice era de apenas 2%, conforme o Departamento de Economia Ru­­ral (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abaste­­ci­­mento (Seab).
A identificação do primeiro foco da ferrugem asiática da soja no Paraná neste ano aconteceu menos de 15 dias após o encerramento do Vazio Sanitário. A medida que proíbe por 90 dias a permanência de plantas de soja, comercial ou voluntária, no campo é adotada justamente para inibir o ataque antecipado da doença às lavouras.
A detecção precoce da doença no estado neste ano não indica, contudo, que o produtor deixou de fazer a sua parte, garante Maria Celeste Marcondes, da Seab. Ela relata que não foram encontradas lavouras comerciais durante o trabalho de fiscalização do vazio sanitário e que maior parte dos casos de autuação ocorreu em áreas de soja guaxa, germinada voluntariamente no pós-colheita.
Além do Paraná, outro três estados já registram ocorrências da doença nesta safra 2009/10. O primeiro caso foi identificado ainda em agosto em lavouras irrigadas no Tocantins. Em setembro, o fungo foi detectado também nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. No total, o Consórcio identificou até agora 11 focos no país, oito em Tocantins e um em Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, nenhum deles em lavouras comerciais.


Fonte: RPC

domingo, 11 de outubro de 2009

Safra 2009/2010 - Intenção de Plantio


Estou divulgando o site da Conab com o estudo da Safra de 2009/2010.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento-CONAB, no período de 14 a 18 de setembro de 2009, o Primeiro Levantamento de Intenção de Plantio da safra 2009/10, sendo pesquisados todos os Estados da região Centro-Sul, exceçao do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A pesquisa teve como objetivo mensurar a área a ser cultivada na safra de verão para as culturas de algodão, amendoim 1ª. safra, arroz, feijão 1ª. safra, mamona, milho 1ª. safra e soja, e avaliar o desempenho das culturas de inverno (aveia, centeio, cevada, trigo e triticale), as quais se encontram em processo de colheita.
O levantamento de campo envolveu 59 técnicos da Conab – Matriz e Superintendências Regionais, que fizeram entrevistas e aplicaram questionários junto a agrônomos e técnicos de Cooperativas, Secretarias de Agricultura, órgãos de Assistência Técnica e Extensão Rural (oficiais e privados), Agentes Financeiros e Revendedores de Insumos.
Agradecemos a indispensável participação e colaboração dos profissionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e dos órgãos acima citados, bem como aos colaboradores desta Companhia, que, direta ou indiretamente, participaram do presente trabalho.
Em atenção às demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos têm sido realizados em estreita colaboração com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, consolidando o processo de harmonização das estimativas oficiais de safra para as principais lavouras brasileiras.
Nesse processo, as duas instituições têm somado seus recursos e esforços, visando assegurar as mais acuradas e fidedignas informações de acompanhamento de safra ao alcance do estado brasileiro, coordenando progressivamente métodos, fontes, período de apuração, datas e horários de divulgação. Para tanto, contou-se com a inestimável e permanente contribuição dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, e demais instituições geradoras de informações agrícolas.
Além dos aspectos metodológicos que mencionaremos a seguir, cumpre-nos esclarecer que as informações levantadas na oportunidade indicam tão-somente uma intenção de plantio por parte dos produtores rurais e foram coletadas durante o início das operações de preparo do solo e plantio.

sábado, 10 de outubro de 2009

Pesquisa indica satisfação sobre os grandes temas


Números apontam que 77% dos paranaenses estão satisfeitos sobre atenções dadas a temas como meio ambiente e economia.

A pedido da Federação da Agricultura do Paraná em setembro, o Ibope fez pesquisa no Estado abordando temas referentes ao comportamento da população diante de grandes temas como o meio ambiente, a economia e a política. Foram feitas 1512 entrevistas com grupos de idade, instrução e atividade urbanos e rurais, cuja escolha foi baseada no PNAD 2007 e TSE 2008. Cinquenta e dois por cento dos entrevistados eram do sexo feminino e 48% masculino e a margem de erro foi de 3% para mais ou para menos. É revelador o fato de que, pela ampla amostragem da pesquisa, 6% dos paranaenses estão muito satisfeitos com a vida que estão levando, 77% estão satisfeitos, 15% insatisfeitos e apenas 2% muito insatisfeitos. Algumas informações são otimistas: 43% têm muito interesse em meio ambiente, 35% tem interesse e 17% pouco interesse. Em assuntos econômicos, 33% dizem se interessar e outros 32% têm pouco interesse no tema. Apenas 13% acompanham os assuntos políticos, contra 23% que não têm qualquer afinidade com essa esfera de discussões. A TV (78%), os jornais (23%) e a internet (19%) são os principais veículos de comunicação utilizados para a população se informar.

Na pesquisa, buscou-se obter a opinião dos paranaenses principalmente sobre o meio ambiente e de que forma são interpretadas questões como a responsabilidade pela execução da legislação ambiental, benefícios e prejuízos que atividades urbanas e rurais causam à natureza. Uma das constatações que chamam a atenção é a de que todas as atividades ligadas à agropecuária obtêm índices de aprovação elevadíssimos. A água e as matas (76%), o solo (72%) e o ar (67%) são os principais elementos do meio ambiente, segundo a maioria da população paranaense. Sessenta e cinco por cento consideram boa a qualidade do meio ambiente no Paraná e 23% ruim, enquanto 41% entendem que a situação ambiental tem melhorado muito nos últimos quatro anos, e 33% piorado. Quarenta e um por cento dos empresários, segundo a pesquisa, têm se esforçado pouco em proteger o meio ambiente paranaense, e 27% não tem se esforçado. Esses índices são parecidos em relação ao esforço dos cidadãos, que, segundo a pesquisa, 44% dos habitantes se esforçam um pouco e 24% não se esforçam.

Fonte: Jornal O Paraná.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Agricultura familiar responde 43% da safra Paranaense


As pequenas propriedades se destacam cada vez mais no Paraná. Atualmente, a produção familiar ocupa 27% da área rural, mas responde por 43% do Valor Bruto da Produção (VPB). Dos 371.051 estabelecimentos agropecuários existentes, dos quais 43.573 estão no Oeste, 81,63% se enquadram nessa categoria.

Dos 371.051 estabelecimentos agropecuários existentes no Paraná, 81,63% se enquadraram na categoria agricultura familiar, ocupando 27,8% da área total dos estabelecimentos. As pequenas propriedades também respondem por 43% do Valor Bruto da Produção (VBP) e abrigam 70% do pessoal ocupado na agricultura do Estado. A análise foi divulgada ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base nos dados do Censo Agropecuário de 2006. Os dados significam que o Paraná apresentou percentuais de estabelecimentos de agricultura familiar próximos aos do Brasil e da região Sul, ambos com 84,4%. No Estado, a região Sudoeste, onde estão municípios como Francisco Beltrão e Pato Branco, apresenta o maior percentual de estabelecimentos da agricultura familiar (88,.9%) seguido pela região Sudeste (São Mateus do Sul e União da Vitória), também com 88%. Considerando o número de estabelecimentos da agricultura familiar, a região Oeste, detém o maior número: 43.752.

Para a pesquisadora do Ipardes, Valéria Villa Verde, esse resultado para a região Oeste surpreende. “O Oeste do Paraná é identificado com culturas de commodities (soja e milho) que, sabidamente, direcionam para uma concentração fundiária. O crescimento da agricultutra familiar nesta região deve-se à influência da integração entre avicultores e grandes abatedouros”, analisa a pesquisadora. Dos 302.907 estabelecimentos da agricultura familiar no Paraná, 64,8% pertencem aos próprios ocupantes, 5,7% encontram-se na condição de arrendatário e 3,1% são assentados sem titulação definitiva. Cerca de 70% do pessoal ocupado na agropecuária do Paraná está na agricultura familiar, o que corresponde a mais de 1,1 milhão de pessoas.

As regiões Oeste (Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu) e Sudoeste (Francisco Beltrão e Pato Branco) lideram em termos do número de ocupados na agricultura familiar. No Oeste, são 110 mil ocupados nesta condição e no Sudoeste, mais de 107 mil trabalhadores.

Fonte: Jornal O Paraná.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Estimativa recoloca o Paraná na liderança de Grãos


Estado deve colher entre 29.057,9 e 29.667,3 milhões/t.



A primeira intenção de plantio da safra brasileira de grãos, ciclo 2009/2010, foi estimada ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entre 139,06 e 141,62 milhões de toneladas. Caso se confirme, o volume da produção representará um aumento de 2,9% a 4,8% em relação à safra anterior, que foi de 135,16 milhões de t. A área plantada deve ficar entre 47,35 (-0,7) e 48,06 milhões de hectares (+0,7) ante os 47.708,2 milhões cultivados na safra 2008/2009.

Ainda segundo a previsão da Conab, o Paraná voltará a liderar a produção de grãos (posição que havia perdido para o Mato Grosso), com uma safra estimada entre 29.057,9 e 29.667,3 milhões de t, seguido de Mato Grosso (27.074,5 a 27.453,5) e Rio Grande do Sul, com 22.808,2 a 23.206,8 milhões de t, informou o gabinete do deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), com base nos dados compilados no trabalho da Conab. Na safra passada, o Paraná colheu 25.094,3 milhões de t. Se esta nova previsão se confirmar, a safra paranaense crescerá de 15,8 a 18,2%. O recorde da produção paranaense foi de 30.517,6 milhões de t no ciclo 2007/2008.


Produtividade

Se confirmadas as estimativas, o destaque desse período será a soja, que poderá bater mais um recorde. A previsão é de que os sojicultores cultivem de 22,28 (+2,6%) a 22,65 milhões ha (+4,2%). A produtividade média sobe 6,3%, atingindo 2.794 kg/ha. No total, a colheita deve ser concluída entre 62,26 (+9,1%) e 63,27 milhões t (+10,8%) A produção do feijão 1ª safra também deve crescer entre 5,5% e 8,5%, atingindo de 1,42 a 1,46 milhão t. Os paranaenses devem aumentar a produtividade em 34,2%, colhendo cerca 1.390 kg/ha. Os plantios de algodão, arroz e milho 1ª safra devem registrar diminuição de área. O primeiro cai entre 10,6% e 4,4%, ficando entre 753,4 a 805,6 mil ha. O milho 1ª safra ocupará de 8,49 (-8,2%) a 8,71 (-5,7%) milhões ha. A produção também diminui: de 32,79 (-2,5%) a 34,04 milhões t (+1,2%).


Fonte: Jornal O Paraná - 08/10/2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Safra de grãos 2009/2010 pode ser até 4,8% maior do que a anterior


Estimativa é de uma colheita entre 139 milhões e 141,6 milhões de toneladas, um crescimento de 2,9% a 4,8% em relação aos 135,1 milhões de toneladas da safra passada



O clima favorável deve contribuir para que a safra de grãos que se iniciou em agosto e vai até o final de julho do próximo ano supere a anterior em até 6,5 milhões de toneladas. O primeiro levantamento do ciclo 2009/2010 feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quarta-feira (7) estima uma colheita entre 139 milhões e 141,6 milhões de toneladas, um crescimento de 2,9% a 4,8% em relação aos 135,1 milhões de toneladas da safra passada.
O aumento na produção se deve recuperação da produtividade, medida que a área plantada deve ficar entre 47,35 milhões e 48 06 milhões de hectares, variação de -0,7% a 0,7% em comparação do ciclo 2008/2009, quando a estiagem nos estados do Sul do país causaram muitas perdas, principalmente nas culturas de milho e soja.
"Nossa expectativa é de que não tenhamos tantos problemas climáticos como no ano passado. Isso ajuda o Brasil a se aproximar do recorde de 144,1 milhões de toneladas, disse o presidente da Conab, Wagner Rossi, por meio de nota. Para ele, o baixo preço do milho no mercado deve fazer com que parte dos agricultores troque o plantio do cereal por lavouras de soja, que podem bater o recorde de produção.
A estimativa da Conab é de que a área com soja cresça de 2,6% a 4,2%, podendo chegar a 22,65 milhões de hectares, quase metade de toda a extensão destinada plantação de grãos. A produtividade média deve subir 6,3%, alcançando 2.794 quilos por hectare e gerando uma colheita entre 62,26 milhões e 63,27 milhões de toneladas, um aumento de até 10,8%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 18 de setembro nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Norte e Nordeste, como o plantio começa em dezembro, a Conab considerou os dados de área da safra anterior e a produtividade média dos cinco últimos anos descartanto anos atípicos.


Fonte: Conab

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Limites à cana de açucar


Decreto que veta a expansão do cultivo da gramínea nos biomas da Amazônia e do Pantanal autoriza plantio em 204 dos 399 municípios do Paraná


Está proibida a expansão da área de cana-de-açúcar em Aba­­tiá, Colorado, Nova Olímpia, No­­va Santa Bárbara, Pinhalão, Santo Antônio do Paraíso, São Jerônimo da Serra e Tapejara. Os oito municípios, que estão entre os 142 que plantam cana atualmente no Paraná, foram vetados pelo Zoneamento Agro­eco­lógico da Cana-de-açúcar (ZaeCana). Juntos, eles cultivam 38,3 mil hectares, 6% da área estadual, estimada acima de 600 mil hectares.
Outros quatro municípios paranaenses teriam que reduzir a área plantada em até 64%. É o caso de Porecatu, no Norte do estado, que hoje tem 13,7 mil hectares cobertos com cana e, conforme o Zae, só pode cultivar 4,9 mil. Considerando também Paranacity, Jacarezinho e Bom Sucesso, que também estão nessa lista, 13,6 mil hectares estariam desabilitados, o equivalente a 2% da área do estado.

No total, o zoneamento excluiria 51,9 mil hectares que hoje são ocupados pela cana no Paraná. Excluiria, no condicional, porque o Decreto 6961, que aprova o Zae, deixa de fora das novas regras as áreas de produção já consolidadas nos estados do Centro-Sul. Além do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás também são beneficiados.
Se todos os 142 municípios paranaenses que já plantam fossem ampliar suas áreas até o limite previsto, o estado saltaria para 2,8 milhões de hectares de cana. Incluindo os outros 70 que hoje não plantam, mas que têm o cultivo autorizado e juntos podem plantar até 1,1 milhão de hectares, seriam 3,9 milhões de hectares no estado, área semelhante à cultivada por São Paulo na safra passada (3,85, segundo a Conab).
Mas isso dificilmente irá acontecer. Primeiro, porque o Paraná tem grande tradição no cultivo de grãos como soja milho, trigo e feijão (e um mercado já cativo). Por serem lavouras temporárias, dão mais flexibilidade de produção ao agricultor do que a cana, que é uma cultura semiperene, com ciclo médio de cinco anos. “O zoneamento não determina se haverá ou não expansão da cana no Brasil, apenas abre espaço para essa possibilidade. Funciona como um indutor, apontando claramente ao investidor quais as melhores áreas em cada estado”, explica o coordenador-geral de Açúcar e Álcool da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE), do Ministério da Agricultura (Mapa), Cid Caldas.
Para isso, o Mapa dividiu o Brasil em áreas de baixa, média e alta aptidão ao cultivo da cana. Conforme os critérios adotados no ZaeCana, as regiões mais aptas ao cultivo da gramínea devem ter temperatura média anual de acima de 20ºC , produtividade superior a 60 toneladas de cana por hectare e risco de geada menor que 15%. No Paraná, 66% das áreas onde o plantio é recomendado recebem essa classificação.
No estado, é possível encontrar exemplos como o de Rolândia, que hoje cultiva 5,8 mil hectares plantados e pode aumentar essa área em até 272%, num total de 21,5 mil hectares, tudo em regiões de alta aptidão. No outro extremo, há casos como o de Rondon. Campeão paranaense em produção de cana, com quase 22 mil hectares cultivados atualmente, o município pode ampliar em 48% a extensão plantada, para 32,5 mil hectares, mas a maioria das áreas em que o plantio é permitido é classificada pelo Mapa como de baixa aptidão. Há ainda exemplos como o de Umuarama, que hoje tem 7,9 mil hectares e pode chegar a até 112,3 mil, crescendo em áreas de alta, média e baixa aptidão.
Apesar das restrições, pouco muda o mapa da cultura no Paraná. A proposta do governo com o ZaeCana é proibir a expansão do cultivo nos biomas Pantanal, Amazônico e na Bacia do Alto Paraguai, o que afetará 92,5% do território brasileiro. As maiores áreas consideradas impróprias para cultivo estão acima do paralelo 24°S. O Paraná está localizado entre os paralelos 22 e 27°S.


Fonte: RPC

Venda externa de soja recua, mas milho ensaia recuperação

Depois de ser alavancada pela China durante meses, a média diária das exportações de soja do País recuou 29,8% em setembro, de US$ 91,8 milhões para US$ 64,4 milhões. A receita também é 12,9% menor do que a observada em setembro de 2008. Além do menor apetite chinês, o câmbio foi um dos fatores da queda.O mercado internacional como um todo já dá sinais de enfraquecimento. No último pregão realizado na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), as operações do complexo soja encerraram em forte baixa e ultrapassaram o piso de US$ 9 por bushel em todos os vencimentos. Foi o menor patamar das últimas oito semanas.Um dos fatores para a desaceleração das cotações do grão é a entrada da safra dos Estados Unidos e o aumento da sua projeção. A consultoria norte-americana Informa Economics divulgou uma previsão de 3,383 bilhões de bushels na temporada 2009/2010. No relatório anterior, a previsão era de safra de 3,372 bilhões de bushels. O volume estimado também é maior que a última projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) que previu a produção em 3,245 bilhões de bushels.Os números referentes ao processamento de soja das indústrias no Brasil também indicam um desaquecimento. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o esmagamento da soja em agosto somou 2,129 milhões de toneladas. Em julho, o processamento havia sido de 2,191 milhões de toneladas. Em agosto do ano passado, o esmagamento foi de 2,949 milhões de toneladas.A previsão da Abiove é de que o processamento totalize 29,8 milhões de toneladas na temporada 2009/2010, iniciada em fevereiro. Na temporada anterior, o processamento ficou em 31,895 milhões de toneladas.Apesar de os números apontarem para uma relação entre oferta e demanda negativa para o produtor e preços que acompanham essa tendência, players do mercado continuam a apostar na valorização da commodity no longo prazo. De acordo com Pedro Valente, diretor de produção do Grupo André Maggi, a soja deverá subir para US$ 11 o bushel no próximo ano, com o aumento da demanda chinesa por ração para gado e óleo de cozinha. "A oleaginosa deverá pairar entre o preço atual, de cerca de US$ 9 o bushel, e US$ 11 o bushel em 2010", disse Valente. "A demanda internacional está forte", disse Valente. "A demanda chinesa deve continuar firme, o que ajudará a dar sustentação aos preços."Os contratos futuros de soja despencaram 27% nos últimos três meses em Chicago, com o aumento da safra dos Estados Unidos, o maior produtor mundial do grão. As compras da China, o maior importador mundial da oleaginosa, deverão deter a queda e levar a uma recuperação dos preços, disse Valente.A China vai processar 43,3 milhões de toneladas de soja em óleo de cozinha e outros produtos em 2010, volume 5,7% maior que o deste ano, disse o USDA. O consumo de farelo de soja, usado para alimentar gado, pelo país asiático vai aumentar 6,9 %, para 33,9 milhões de toneladas.Os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA) que avaliam o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, IqPR, também se mostram otimistas quanto ao futuro dos preços da soja. Em pesquisa divulgada na última sexta-feira, entre os produtos brasileiros com relevância no mercado internacional, eles destacaram a soja, cujo preço se mantém no mesmo nível do ano passado, sugerindo "continuidade do crescimento da economia chinesa, importante mercado para a soja brasileira".
Milho
As cotações do grão seguem em queda, mas as exportações apontam para uma recuperação. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o Brasil exportou no mês passado 716,3 mil toneladas de milho, 96% a mais do que em agosto. O preço médio, no entanto, foi decaindo de US$ 195 por tonelada em julho, US$ 170 em agosto e US$ 160 em setembro. O aumento do volume exportado está ligado aos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), que concedem subvenção ao frete da região produtora até os portos.
Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Projeto de agricultura orgânica no Paraná é exemplo para o Pais


Consultores e gestores do Sistema Sebrae de 24 estados da Federação participaram do Curso de Formação em Agricultura Orgânica oferecido em Toledo, na região oeste do Paraná


O curso, encerrado na quarta-feira (30) e ministrado pelo Instituto Maytenus, abordou questões teóricas relacionadas à fundamentação da agricultura orgânica, estatísticas de produção e consumo, vendas, entre outros. Os participantes ainda fizeram visitas técnicas nos municípios de Iracema do Oeste, Quatro Pontes, Pato Bragado, Jesuítas e Marechal Cândido Rondon, para conhecer as práticas adotadas por produtores orgânicos.
A experiência positiva em agricultura orgânica do Projeto Distrito Agroalimentar do Oeste do Paraná, desenvolvido pelo Sebrae/PR em seis municípios do médio-oeste chamou a atenção do Sistema Sebrae. “A agricultura orgânica como atividade sustentável e rentável, mesmo em pequenas propriedades, fez com que realizássemos esse evento aqui”, afirmou a coordenadora nacional da Carteira de Orgânicos do Sebrae Nacional, Newman Costa. Ela disse ainda que a proposta do curso é levar conhecimento para todos os estados, para que os consultores e gestores possam articular projetos que gerem, de fato, emprego e renda. “Que se transformem em negócios sustentáveis, seguindo o exemplo do Paraná", destacou.
O consultor do Sebrae/PR em Cascavel, Edson Braga da Silva, espera que cada participante consiga levar um pouco do que aprendeu para aplicar no seu estado. “Esse conhecimento de agricultura orgânica é fundamental para que possamos ampliar ainda mais os negócios nesse segmento". O consultor ressaltou ainda que o contato com os produtores paranaenses, proporcionado pelo curso, ampliou o leque de alternativas que já estão dando certo no Paraná e que podem ser realizadas, na prática, pelos demais.
Para a gestora de projetos na área de orgânicos do Sebrae no Sergipe, Maria Lucia Alves, conhecer a produção de orgânicos do Paraná proporcionou muito aprendizado. “Nossos projetos, no Sergipe, são focados na agricultura familiar, mesmo assim várias coisas me surpreenderam aqui, como o dinamismo do povo, onde um casal cuida sozinho de uma propriedade altamente rentável.” Ela comenta ainda que uma das dificuldades no seu Estado é quanto à certificação de produtos. “Tive acesso a novidades, também nessa área, durante o curso e vou levar para colocar em prática.”
O gestor do Projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) do Sebrae em Rondônia, Ronaldo Nina, destacou que o Paraná está muito desenvolvido na área de orgânicos. “Essa troca de experiências é fundamental para buscarmos soluções, pois vemos que os problemas são semelhantes nos outros estados e conseguimos crescer juntos.”


Fonte: Sebrae - PR

Oeste fará coleta seletiva de lixo em parceria com o IAP

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, assinou nesta quarta-feira (16), no escritório regional de Toledo – região oeste do Estado - protocolo de intenções com dez municípios da região para gestão de resíduos sólidos e implantação da coleta seletiva do lixo. O acordo inclui capacitações e apoio técnico para reduzir o volume de lixo destinado aos aterros sanitários, aumentando sua vida útil. Os municípios favorecidos pelo protocolo são Assis Chateaubriand, Jesuítas, Formosa do Oeste, Iracema do Oeste, Nova Aurora, Palotina, Marechal Cândido Rondon, Ouro Verde do Oeste, São José das Palmeiras e Santa Helena. “É um avanço na gestão dos resíduos no Paraná. O IAP passa a atuar como elemento de apoio aos municípios, ao invés de apenas multar e fiscalizar”, declarou Burko. O protocolo faz parte do projeto Ehco Lixo Útil, programa desenvolvido pelo IAP e que visa, entre várias propostas, incentivar a compostagem doméstica, auxiliar nos processos de licenciamento, e estimular o uso efetivo de tecnologias adequadas ao gerenciamento integrado de resíduos sólidos. Além disso, cabe ao IAP monitorar e fiscalizar a destinação adequada dos resíduos rurais e urbanos.Segundo Burko, entre os principais problemas enfrentados pelos municípios que aderiram ao protocolo estão os aterros sanitários em fases de esgotamento e também o tamanho proporcional do aterro em relação à quantidade de lixo recebido. “Vamos auxiliar estes municípios a incluir em suas atividades sistemas de compostagem, reciclagem e também inserção de catadores no processo da destinação dos resíduos, o que gerará emprego e renda às famílias”, destacou a coordenadora estadual de resíduos sólidos do IAP, Adriana Ferreira.Para o chefe do escritório do IAP em Toledo, José Volnei Bisognin, a assinatura do protocolo, além de ser uma ferramenta que possibilitará que o município trate de forma correta a destinação, irá beneficiar toda a região, uma vez que poderá garantir resultados concretos sobre a separação correta do lixo. “Vamos fechar o ciclo do tratamento do lixo, pois o maior problema é a separação dos”, explicou José Volnei.Para interagir com os municípios que firmaram acordo com o IAP, a regional de Toledo realizou em algumas cidades atividades de educação ambiental com exercícios onde abordava os resíduos gerados pelos próprios municípios. De acordo com Maria Glória Pozzobon, coordenadora de resíduos da regional, o objetivo das atividades foi fazer com que a comunidade conheça seus próprios resíduos. “O resultado foi surpreendente. De todo o lixo separado, 60% era matéria orgânica, ou seja, se for feita a separação e a destinação correta dos resíduos, há possibilidades de aumentar a vida útil do aterro”, disse.OUTRAS AÇÕES - Além do protocolo com os municípios, Burko também apresentou aos funcionários do escritório do IAP em Toledo as novas medidas da entidade, como, por exemplo, reverter multas ambientais em ações compensatórias de recuperação ambiental. Cerca de 80 pessoas, entre técnicos que atuam nas regionais e representantes das prefeituras da região, participaram do novo procedimento adotado pela instituição, que é o julgamento colegiado de multas.As mudanças foram aprovadas pelos técnicos que passam a ter um corpo administrativo próprio para julgamento de autos de infração lavrados pelos fiscais do IAP e Força Verde para que a cobrança da recuperação do dano causado seja mais rápida e a conclusão dos procedimentos administrativos mais eficientes.Já na primeira sessão do julgamento em Toledo o IAP garantiu um acordo com a empresa Sadia que irá reverter uma multa no valor de R$ 280 mil em bens e serviços para melhoria da qualidade ambiental na região. A Sadia foi multada no ano de 2004 pela regional do IAP de Toledo, em R$ 400 mil devido à emissão de efluentes químicos de forma irregular e também por poluição atmosférica.“O processo judicial se estenderia por dez anos, no mínimo, e não teríamos a garantia da recuperação do dano ambiental. Com o acordo, garantimos resultados imediatos”, afirmou Burko. Nesta quinta-feira (17), às 9 horas, Burko estará em Cascavel, assinando protocolo de intenções para a implantação da coleta seletiva nos 19 municípios que fazem parte da regional.

O triunfo da soja transgênica




Até o atual governo, a plantação de soja com sementes geneticamente modificadas era ilegal, mas, como uma espécie de jogo do bicho, contravenção socialmente aceita, a produção de transgênicos se expandiu a tal ponto que adquiriu um status como aquele obtido pelas máfias em certas comunidades: acaba se tornando regra e lei. Se o governo FHC ainda empreendia algum combate à transgenia, embora frouxamente, ainda aceitando as restrições de estudos que apontavam as pesquisas até então realizadas como insuficientes para atestar se a produção geneticamente modificada iria causar prejuízos à natureza e aos homens, no atual governo o que era clandestino e episódico se tornou comum e majoritário. Já se tem como certo que mais metade da área plantada de soja do Paraná será coberta com soja transgênica na próxima safra de verão – algo ao redor de 70%. Uma expansão favorecida pelo predomínio da cultura no Oeste do Estado, onde mais se cultiva transgênicos no Paraná. O volume se apresenta ainda mais importante na medida em que a produção de grãos no Estado para a próxima safra tende a superar a marca de 20 milhões de toneladas, um impressionante aumento de 25% sobre a produção da safra anterior, enfrentando a crise com a receita mais lógica: produzir mais. Obviamente, nada que se alastra muito rapidamente e sem necessários cuidados deixa de apresentar sequelas e efeitos colaterais indesejáveis. No caso da soja transgênica, a praga conhecida como bulva da soja apresenta maior resistência entre as sementes transgênicas, que é apenas um dos seus aspectos negativos. O Paraná é um dos estados campeões em produção agropecuária no Brasil e ainda tem um imenso potencial a concretizar até chegar à última fronteira de sua capacitação produtiva. Com melhor infraestrutura, a aplicação de políticas adequadas de estímulo à diversificação e à elaboração dos produtos, o Paraná sairá logo da marca ancestral de mero produtor primário. Vai promover todo o ciclo do negócio rural e deixar para trás seu atual e incômodo status de vir tual “Estado nordestino” desgarrado na geografia, por seus baixos índices de IDH no interior, com poucas ilhas de riqueza boiando num oceano de pobreza. Há obstáculos e problemas a contornar, porém, e um deles se encontra justamente na expansão descontrolada da produção de soja transgênica. Em desobediência à lei, a produção de transgênicos cresceu de tal maneira que os produtores já nem sabem mais para que serve a lei: se para os ajudar a se defender ou para ser contrariada quando apetece. Assim, nota-se que intransigentes descumpridores da lei que restringia a semente transgênica são também intransigentes defensores da lei quando querem se defender dos sem-terra, enquanto que estes, por sua vez, defendem apaixonadamente a lei que favorece a imediata reforma agrária mas a descumprem ocupando mais e mais áreas. Chega-se, nesse caso, a uma situação em que lei boa é só aquela que nos favorece, e, com isso, poderemos nos declarar autorizados a descumprir aquelas leis que nos incomodam ou não nos interessam. Isso não vai dar boa coisa. Cedo ou tarde teremos que corrigir tais distorções.

Soja Transgênica ocupa 70% da Área do Paraná




Levantamento revela que soja geneticamente modificada terá produção de 9,2 milhões de toneladas nas regiões produtoras da cultura no Estado


Setenta por cento da soja que começa a ser cultivada no Paraná será geneticamente modificada. A informação foi apurada em estudo junto aos órgãos competentes, como Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná) e Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento). Conforme o diagnóstico, a soja transgênica será opção de plantio à maioria dos produtores rurais do Estado. A semente modificada vai ocupar 3 milhões do total de 4,3 milhões de hectares destinados ao plantio de soja na safra 2009/2010 no Paraná. O percentual foi confirmado em recente reunião da diretoria da Ocepar, na presença de André Dias, presidente da Monsanto no Brasil. Segundo ele, na última safra a soja transgênica já ocupou 65% da área no Paraná. O Oeste é tido como a região que mais cultiva transgênicos no Estado. A estimativa de produção de soja no Paraná é de 13,15 milhões, gerando aumento de 40% sobre a safra anterior. Desse total, a modificada deverá gerar produção de 9,2 milhões de toneladas. A meta de produção de grãos para a próxima safra no Estado é de 20,84 milhões de toneladas, volume 25% superior ao mesmo período do ano passado, quando a safra atingiu 16,54 milhões. Uma das principais preocupações para esta safra é com a praga conhecida como buva da soja, que começa a criar resistência dentro da modalidade transgênica. Um dos motivos para esse novo cenário é o uso excessivo do glifosato. O problema começou a ser identificado na região Norte do Estado e já deixa em alerta outras regiões. Com base em números apurados junto à Seab de Cascavel e Toledo, a semente transgênica vai ocupar 75% da área plantada com soja nessa safra de verão no
Oeste paranaense. No núcleo da Seab de Cascavel, responsável pela cobertura de 28 municípios, a estimativa de produção de soja para a safra 2009/2010 é de 1,63 milhão de toneladas, em uma área de 488.800 hectares. Na safra de verão anterior, a cultura ocupou, na regional, 453.050 hectares, totalizando 954.280 toneladas. Se as condições climáticas ideais para o desenvolvimento do grão forem mantidas, a safra deverá apresentar aumento de 72%. A elevação é atribuída à quebra na safra passada provocada pela estiagem. A expectativa é colher até 3.350 quilos por hectare na região da Seab em Cascavel. Na safra 2005/2006, a soja transgênica começava a despontar no Paraná, ocupando 20% do montante de toda a área plantada. Na ocasião, grande parte dos grãos era clandestina e apenas 15% tinham certificação.



A soja transgênica deu um salto substancial a partir da safra 2006/2007, com a liberação do plantio pelo Governo do Paraná. A área com a semente modificada passou a 56% do total. Na safra seguinte, o percentual recuou para 49%, devido aos resultados de produtividade pouco expressivos na anterior. Na mais recente, a soja transgênica já era realidade em 65% da área cultivada e para a safra 2010/2011 deve chegar a 70%. O zoneamento agrícola à soja no Paraná iniciou dia 1º. O escritório da Secretaria Estadual de Agricultura, em Toledo, responde por 20 municípios. De acordo com o agrônomo do Deral, Paulo Oliva, a soja transgênica nesses municípios representa 70% da produção estimada, que totaliza 1,4 milhão de toneladas, em uma área prevista de 452.770 hectares, gerando média de 3,1 mil quilos. Na safra passada de soja, a área foi de 441.700 hectares, sofrendo uma quebra na safra de 45.6%, consequência da estiagem. A safra naquela região atingiu 744.562 toneladas. Não fosse aseca, o montante seria de 1,3 milhão de toneladas.



Agricultor planta convencional por "costume"



Em todo início de safra de verão a história se repete. Há pelo menos 30 anos, o agricultor Marino Cervi, 70, destina 40 alqueires de sua propriedade em Linha Guavirá, interior de Santa Tereza do Oeste, ao plantio de soja convencional. “Não mudo por costume”, diz ele, ao ser questionado do motivo de não ter seguido a onda da transgenia. Mesmo estando longe da chamada zona de amortecimento, que impede o plantio de sementes transgênicas distante pelo menos 500 metros do Parque Nacional do Iguaçu, o agricultor prefere a soja normal. Porém, ele já admite fazer uma experiência com a nova oleaginosa na safra de verão de 2010/2011. A expectativa de colheita com a variedade Coodetec 202 é de 150 sacas por alqueire. A escolha pelo convencional também se deve à maior lucratividade, conforme o produtor. “O problema da soja transgênica é a cobrança dos royalties por parte das multinacionais, onerando o custo de produção”. As sacas com as sementes de soja convencional estão estocadas em um galpão na propriedade, aguardando o plantio, previsto para iniciar no dia 15 de setembro. Santa Tereza do Oeste enfrenta uma situação similar aos municípios margeados pelo Parque Nacional do Iguaçu. Uma lei do fim da década de 1990 criou uma área de amortecimento, impedindo os produtores de utilizar veneno e também sementes transgênicas em uma extensão de dez quilômetros. Entretanto, uma resolução de 2007 determinou a faixa de entorno de 500 metros, gerando polêmica.


Fonte: Jornal O Paraná - 04/10/2009

Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio

Coordenador: Prof. Mestre Silvio Silvestre BarczczAutorizado: Resolução CONSUNI 007/2006 de 14/08/2006Reconhecido: Portaria Normativa 40 de 12/12/2007 – D.O.U de 13/12/2007. Processo em tramitação - Protocolado no EMEC – MEC: 200815464
O Tecnólogo em Agronegócio é o profissional que viabiliza soluções tecnológicas competitivas para o desenvolvimento de negócios na agropecuária a partir do domínio dos processos de gestão e das cadeias produtivas do setor. Prospecção de novos mercados, análise de viabilidade econômica, identificação de alternativas de captação de recursos, beneficiamento, logística e comercialização são atividades gerenciadas por esse profissional. O profissional do agronegócio está atento às novas tecnologias do setor rural, à qualidade e produtividade do negócio, definindo investimentos, insumos e serviços, visando à otimização da produção e o uso racional dos recursos.
Titulação
Tecnólogo em Agronegócio
Graduação superior, possibilita pós-graduação, inclusive stricto-sensu (mestrado/doutorado), bem como participação em concursos públicos que exijam curso superior (respeitando-se os editais que determinem formação e/ou experiência e/ou titulações específicas).
Duração
2440 horas - 3 anos
Caracterização do Curso
O curso objetiva qualificar profissionais na Gestão de Agronegócio, através do conhecimento de novos conceitos técnico-científicos, pela simulação de situações e por estudo de casos modelos de exploração sustentável, desenvolvendo habilidades na gestão de atividades empresariais, comerciais, de exportação, de preservação ambiental, de gestão de projetos nos setores agrícola, pecuário e agroindustrial, bem como estimulando a capacidade analítica e empreendedora do profissional como forma de melhor identificar oportunidades de negócios nas diversas áreas de abrangência do meio, enfocando a importância do agronegócio brasileiro não só para as grandes propriedades, mas enfatizando as reais possibilidades de fixação do homem do campo no campo, principalmente nas pequenas propriedades através da diversificação de culturas e modelos de exploração sustentável.
Perfil
O aluno ao se formar estará apto a: - Planejamento, implementação e gestão de agronegócio;- Desenvolvimento de estudos de viabilidade técnico-financeira de projetos em agricultura, pecuária, agroindústria e logística;- Supervisão e coordenação de atividades de equipes multidisciplinares na condução de agronegócio;- Como profissional empreendedor, desenvolvendo soluções em gestão para quaisquer setores, pela consultoria, projetos ou representação de produtos.
Competência
- Dominar com proficiência os processos produtivos, cadeias de produção e logística dos produtos de origem animal e vegetal;- Analisar os indicadores de mercado, de ativos e de commodities;- Dominar as ferramentas científicas e tecnológicas da gestão;- Identificar, formular e resolver problemas em Agronegócio;- Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar serviços;- Dominar e utilizar novas ferramentas e técnicas de gestão;- Avaliar a viabilidade de novas opções em agronegócio;- Supervisionar a operação de processos produtivos em agronegócio;- Aplicar a ética e responsabilidade profissional;- Avaliar o impacto das atividades e da tecnologia ao meio ambiente;- Emitir parecer sobre impacto ambiental no agronegócio;- Contextualizar o impacto social do agronegócio;- Dominar ferramentas de tomada de decisão;- Organizar, implementar e supervisionar equipes multidisciplinares;- Analisar a viabilidade econômica de projetos em Agronegócio.
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Agronegócio investe R$ 600 milhões no Oeste do Paraná

A inauguração pelo governador Roberto Requião de uma unidade de produção de leitões (UPL) da Cooperativa Agroindustrial Lar e de uma fábrica de laticínios, ambos empreendimentos em Itaipulândia, mostra a força do agronegócio como indutor da economia e do desenvolvimento no Oeste do Paraná.Quatro cooperativas agrícolas da região vão receber o aporte de mais de R$ 600 milhões em investimentos federais e estaduais através de bancos oficiais como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), além de incentivos no ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços).Unidades no OesteA Lar investiu R$ 10,5 milhões na UPL de Itaipulândia - tem sede em Medianeira e unidades na maioria das cidades do Oeste (Matelândia, Missal, Santa Helena) – e pleiteia financiamento de R$ 15 milhões no BNDES para construir unidades de beneficiamento de sementes no Paraguai.Em Matelândia, a Lar que já possuiu uma unidade industrial avícola, está investindo R$ 3 milhões na implantação de um matrizeiro composto por mais de 20 aviários. Todo o complexo terá capacidade para abrigar em torno de 45 mil matrizes. Os ovos coletados serão encaminhados para o incubatório localizado em Santa Helena. A cooperativa abateu 40 milhões de frango em 2004.“O Brasil tem encontrado uma boa estabilidade econômica, uma balança de pagamento positiva e o setor que está equilibrando tudo isso é o agronegócio. Os investimentos têm apoio do Governo do Estado, através do BRDE, e de incentivos com o ICMS”, diz o presidente da Cooperativa Lar, Irineu da Costa RodriguesProdução ao ParaguaiRequião inaugurou ainda a unidade central da Laticínios Iguaçu Ltda. A fábrica mudou sua matriz de Cascavel para Itaipulândia e investiu R$ 3,4 milhões na construção de sua nova sede de quatro mil metros quadrados. A Iguaçu inicia sua produção com 100 mil litros de leite por dia e espera atingir o pico de 300 mil litros leite/dia, além da produção de todos os derivados do produto: bebidas lácteas, queijos, requeijão, iogurtes.Parte considerável da produção, segundo o diretor da empresa, José Carlos Soares, tem o Paraguai como destino certo. “Já firmamos acordo com a Lactopar, empresa paraguaia, para exportação dos nossos produtos fabricados em Itaipulândia”, salienta Soares.A produção da fábrica começa em setembro. A Iguaçu vai gerar entre 70 e 120 empregos diretos, cerca de dois mil indiretos, e já tem 1,4 mil produtores, entre pequenos e médios, cadastrados para o fornecimento de leite.Central de cooperativasEm Medianeira, Requião recebeu mais uma boa notícia do prefeito Elias Carrer. A Frimesa, uma central de cooperativas, decidiu construir sua sede definitiva na cidade do Oeste do Paraná. A empresa vai investir R$ 36 milhões na construção de sua sede que terá 11,5 mil metros quadrados. Dessa forma, a Frimesa vai ampliar o abate de aves e suínos dos produtores cooperados da Lar, C. Vale, Copagril e Copacol. “De imediato vamos gerar mais de 100 empregos diretos na construção da sede e outros mil diretos são esperados, assim que a unidade entrar em funcionamento. Os empregos indiretos serão bem maiores”, comemora o prefeito Elias Carrer. Mais investimentosOutras três cooperativas estão ampliando seus investimentos no Oeste. A C.Vale inaugurou em abril seu complexo avícola em Palotina e vai investir R$ 240 milhões na construção de uma nova fábrica de rações, uma desativadora de enzima de soja e uma indústria de cortes cozidos, fritos e assados de frango. Segundo o presidente da cooperativa, Alfredo Lang, devem ser criados dois mil novos postos de trabalho até o final de 2006 em atividades ligadas à avicultura.A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) ampliou sua unidade em Formosa do Oeste. Valter Pitol, presidente da Cooperativa, diz que a ampliação faz parte de um projeto de reestruturação das unidades da Copacol, que se iniciou há três anos e que terá um investimento final de R$ 30 milhões. A Copagril, de Marechal Cândido Rondon, também inaugurou seu complexo avícola no início do ano num investimento de R$ 40 milhões. O complexo é formado por um frigorífico, 350 aviários, fábrica de rações (instalada em Entre Rios do Oeste), matrizeiro e incubatório. Os investimentos são de R$ 160 milhões até 2006 e vão gerar 1,5 mil empregos. O presidente da Copagril, Ricardo Chapla, diz que até o final de 2006, o frigorífico vai dobrar a produção dos iniciais 80 mil aves/dia.Cerca de 80% dos produtores associados da cooperativa possuem pequenas lavouras e vão partir para a produção de aves. Para a construção dos 350 aviários, estão disponíveis financiamentos - através da linha de crédito Prodeagro - no valor de até R$ 150 mil para cada produtor.Encontro em FozA importância do setor é tamanha que trouxe para Foz do Iguaçu a Ave Expo Américas 2005/Fórum Internacional de Avicultura – evento que será realizado de 17 a 19 de agosto no Mabu Hotel. Durante três dias, empresários, executivos, pesquisadores e fornecedores da América vão participar de seminários técnicos, painéis de mercado e uma feira de negócios exclusiva para a avicultura de carne e postura.
Publicado em 19/07/2008 - RPC

Agronegócio avança no Oeste do Paraná

A inauguração hoje do complexo avícola da C.Vale pelo vice-presidente José Alencar e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, marca mais do que um bom momento do agro-negócio no Oeste.
Quatro cooperativas agrícolas da região vão receber o aporte de mais de R$ 600 milhões em investimentos federais através de bancos oficiais como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Empregos - A C. Vale, por exemplo, vai investir R$ 240 milhões na construção de uma nova fábrica de rações, uma desativadora de enzima de soja e uma indústria de cortes cozidos, fritos e assados de frango.
Segundo o presidente da cooperativa, Alfredo Lang, devem ser criados dois mil novos postos de trabalho até o final de 2006 em atividades ligadas à avicultura.
Unidades no Paraguai - A Cooperativa Agroindustrial Lar, com sede em Medianeira, e unidades na maioria das cidades do Oeste (Matelândia, Missal, Itaipulândia), pleiteia no BNDES um financiamento de US$ 5 milhões (R$ 15 milhões) para construir unidades de beneficiamento de sementes no Paraguai.
Em Matelândia, a Lar que já possuiu uma unidade industrial avícola, está investindo R$ 3 milhões na implantação de um matrizeiro composto por mais de 20 aviários.
Todo o complexo terá capacidade para abrigar em torno de 45 mil matrizes. Os ovos coletados serão encaminhados para o incubatório da Lar localizada em Santa Helena. A cooperativa abateu 40 milhões de frango em 2004.
80 mil aves/dia - A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) inaugurou nessa semana a ampliação de sua unidade em Formosa do Oeste.
O presidente da cooperativa, Valter Pitol, diz que a ampliação faz parte de um projeto de reestruturação das unidades da Copacol, que se iniciou há três anos e que terá um investimento final de R$ 30 milhões.
Rodrigues participou em janeiro da inauguração de um complexo avícola da Copagril em Marechal Cândido do Rondon num investimento de R$ 40 milhões.
O complexo é formado por um frigorífico, 350 aviários, fábrica de rações (instalada em Entre Rios do Oeste), matrizeiro e incubatório.
Os investimentos são de R$ 160 milhões até 2006 e vão gerar 1,5 mil empregos. O presidente da Copagril, Ricardo Chapla, diz que até o final de 2006, o frigorífico vai dobrar a produção dos iniciais 80 mil aves/dia.
Encontro - Cerca de 80% dos produtores associados da cooperativa possuem pequenas lavouras e vão partir para a produção de aves. Para a construção dos 350 aviários, estão disponíveis financiamentos - através da linha de crédito Prodeagro - no valor de até R$ 150 mil para cada produtor.
A importância do setor é tamanha que trouxe para Foz do Iguaçu a Ave Expo Américas 2005/Fórum Internacional de Avicultura – evento que será realizado de 17 a 19 de agosto no Mabu Hotel.
Durante três dias, empresários, executivos, pesquisadores e fornecedores da América vão participar de seminários técnicos, painéis de mercado e uma feira de negócios exclusiva para a avicultura de carne e postura.
(Portal H2FOZ - Zé Beto Maciel)