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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Clima compromete 60% da área dedicada ao trigo no Paraná


Por causa da chuva, produtores já contabilizam os prejuízos.


O excesso de chuva registrado em setembro e outubro no Paraná causou prejuízos significativos nas lavouras de trigo. As condições meteorológicas foram adversas para a cultura em 2009 como
lembra o diretor técnico da Faep, Pedro Augusto Loyola. “Esta safra, além das dificuldades climáticas, enfrenta uma crise internacional de preço e de mercado, e a propagação de doenças”.
Neste ano, o excesso de chuva coincidiu com o período do espigamento e se estendeu durante a formação de grãos, considerada uma das fases mais críticas para a definição da produtividade, e interferiu no manejo para controle de doenças como o brusone”, explicou o representante da Faep.
Segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná), em função do excesso de chuva, a safra deste ano deverá ser reduzida. “A safra será menor que a prevista e haverá impacto na qualidade e na produtividade.

E isso consequentemente vai acabar interferindo nos preços”, ressalta o diretor do Deral, Francisco Simioni. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) realizou um levantamento que revela que dos 1,3 milhão de hectares com trigo no Paraná, pelo menos 780 mil hectares, o equivalente a 60% da área, poderão sofrer prejuízos de até 80% devido ao excesso de chuva.
Otmar Hübner, técnico do Deral, comenta que o maior problema foi mesmo o prolongamento da chuva. “Nas regiões onde o trigo é plantado antes, a situação ficou pior. As espigas que não apodreceram acabaram favorecendo a germinação de grãos”, diz ele, acrescentando que, mesmo
com rigor visto nas lavouras do Estado, como o escalonamento no plantio, o uso de variedades diversas e manejo adequado, o clima deste ano foi atípico e pegou a todos de surpresa.


Grande parte das perdas nas lavouras de trigo do Paraná foi causada por fungos que se desenvolvem com a umidade e causam doenças como brusone e giberela. Essas doenças afetam a formação das espigas e o enchimento dos grãos, provocando perdas quantitativas e de qualidade na produção. Conforme o analista da Embrapa Trigo, Paulo Ernani Peres Ferreira, em algumas lavouras, começam a aparecer sintomas de giberela, que estão comprometendo em 10% o potencial produtivo das áreas afetadas pelo excesso de umidade e chuvas no momento do florescimento da cultura. Para minimizar os danos com giberela, a pesquisadora da Embrapa Trigo, Maria Imaculada Pontes Moreira Lima, recomenda acompanhar diariamente as previsões climáticas: “A ocorrência de giberela depende de precipitações pluviais elevadas, ou seja, dias consecutivos de muita chuva”, explica.


Fonte: O Paraná.

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