Blogger com o Intuito de levar aos Brasileiros, o ramo do Agronegócio e do Meio Ambiente no Oeste do Paraná.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Brasil com carga total


Sondagem aponta plantio recorde de soja no país, com potencial para 64,64 milhões de toneladas. Milho perde área, mas ganha produtividade. Desempenho está nas mãos do clima.


As apostas foram definidas, e agora a produção só depende do clima. A agricultura brasileira remanejou espaços e tem potencial para superar recordes de 2007/08. Ao final da primeira etapa do levantamento de campo, a Expedição Safra RPC estima que a soja cobre 22,84 milhões de hectares, área 5% maior que a do ciclo passado e sem precendentes no país. O potencial é para 64,64 milhões de toneladas, o maior volume já alcançado nesta cultura.
O milho de verão cobre 8,16 milhões de hectares, área 5% menor que a de um ano atrás, mas pode render 32,96 milhões de toneladas. Considerando uma provável produção de 19,63 milhões de toneladas na 2ª safra, o país pode chegar a 52,59 milhões de toneladas de milho, o segundo maior resultado da história, superado apenas em 2007/08.

As duas culturas, que representam 80% da produção nacional de grãos, devem chegar a 36 milhões de hectares e a 117,22 milhões de toneladas, prevê a Expedição. Durante a sondagem do plantio, técnicos e jornalistas percorreram 21,4 mil quilômetros em 12 estados, do Rio Grande do Sul ao Maranhão, nova fronteira agrícola do país.
As previsões são de produtividade 6,9% melhor na soja e 11,7% melhor no milho, índices que se sustentam não só na ex­­pectativa de um clima me­­lhor, mas também na redução dos custos de produção, principalmente dos fertilizantes, que está permitindo maior investimento em tecnologia. Com área e produtividade maior, a produção da soja tende a crescer 12,3% nesta sa­­fra, na comparação com os nú­­meros da Companhia Nacional de Abas­tecimento (Conab) do ano passado. O milho terá produção 1,88% menor. O incremento de 11,7% na produtividade será quase suficiente para compensar a redução de 12,1% na área de cultivo.
Se o clima colaborar e o de­­sempenho da produção brasileira confirmar as tendências apontadas pela Expedição Safra, o país pode retomar o crescimento in­­terrompido no ciclo anterior e perseguir a meta de 145 milhões de toneladas de grãos. Com um volume total estimado acima de 117 milhões de toneladas, soja e milho darão contribuição decisiva nesse sentido. As maiores safras de soja e milho do Brasil foram de 60 e 58 milhões de toneladas, respectivamente, na temporada 2007/08, quando a safra nacional de grãos apurada pela Conab superou as 144 milhões de toneladas. No ciclo passado, por conta da estiagem que prejudicou a Região Sul, houve um recuo para 135 milhões de toneladas.


Fonte: Caminho do Campo

PR e MT dão sustentação aos índices

Além de cultivarem mais da metade da área plantada no verão em suas regiões, Paraná e Mato Grosso determinam a tendência desta safra pela disposição dos produtores em manter ou ampliar as lavouras e pelo investimento em tecnologia. Os dois estados ampliam seu potencial produtivo, conferiu a Expedição Safra RPC. Juntos, plantam 45,7% da área nacional de soja.
A liderança na oleaginosa é de Mato Grosso, com 26% da área e 29% do potencial da próxima colheita – 18,7 milhões de toneladas. O Paraná, além de 18,8% da área de soja, tem boa participação no milho, 14,2%. Se forem considerados esses dois grãos, as lavouras paranaenses são líderes, com 20,5% da produção brasileira, ante 19,8% das matogrossenses. Depois das perdas de 5,2 milhões de toneladas no verão passado, essa liderança é indicativo de superação, e também de retomada.
Fonte: RPC

Cooperativas repetem receita de R$ 25 bilhões


No Paraná, setor alcança em 2009 faturamento que se equipara ao recorde de 2008. Para o ano que vem, previsão é de 10% de crescimento.


Apesar da redução na demanda mundial e da quebra na produção de grãos, as cooperativas do Paraná vão fechar 2009 com faturamento de R$ 25 bilhões, mesmo valor do ano passado, revelou ontem o presidente da organização que representa o setor no estado, a Ocepar, João Paulo Koslovski. O faturamento de 2008 foi recorde – 37% maior que o de 2007. As lideranças do agronegócio e cerca de 2 mil associados comemoram os resultados do ano hoje, em Curitiba, no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses.“Foi um ano difícil. Tivemos perda no poder de compra em mercados como Estados Unidos, União Européia, Japão, o que resultou em queda nas exportações. Mas ainda assim as cooperativas conseguiram resultado positivo”, disse Koslovski. Os R$ 25 bilhões são uma projeção que considera o período de janeiro a dezembro. Dados de exportação e geração de impostos devem ser apresentados hoje aos cooperativistas.
O Paraná tem 250 cooperativas, que abrangem 500 mil cooperados e sustentam cerca de 1 milhão de postos de trabalho. As cooperativas agropecuárias – um terço do total – são responsáveis por 90% do faturamento de R$ 25 bilhões, o que faz com que o balanço seja um retrato da situação do agronegócio, apesar do crescimento das cooperativas de crédito e saúde. Produtores ligados às cooperativas cultivam 72% da soja e 46% do milho do Paraná. A renda dessas empresas tem forte impacto na economia. O Valor Bruto da Produção do agronegócio paranaense como um todo em 2008 foi de R$ 41 bilhões e o Produto Interno Bruto do setor em âmbito nacional, de R$ 760 bilhões.
O mercado interno impediu que a renda das cooperativas recuassem, disse Koslovski. “Tivemos queda muito grande nos preços dos produtos (grãos, carnes, derivados). Não bastasse isso, o Paraná perdeu 9 milhões de toneladas de grãos (soja, milho, trigo e feijão).” As dificuldades de acesso ao crédito também limitaram o desempenho do setor, acrescentou.
Em 2010, as cooperativas pretendem voltar a crescer. O presidente da Ocepar aposta em 10% de aumento, numa perspectiva de que a moeda nacional se mantenha ou perca valor diante do dólar. Ele confia numa produção de grãos próxima dos recordes de 2007/08, com maior participação da soja. Numa avaliação do quadro interno, a previsão é que as cooperativas de saúde ultrapassem às de crédito, hoje em segundo lugar. “As cooperativas de saúde estão bem estruturadas e a população está acreditando nelas. Já são 1,25 milhão de associados”, frisou.
Além de balanços e projeções, o encontro de cooperativistas terá premiações e cobranças. Os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Planejamento, Paulo Bernardo, vão receber o troféu Cooperativas Orgulho do Paraná, como reconhecimento pelo apoio ao cooperativismo. Na presença de líderes do Executivo e do Legislativo, as lideranças cooperativistas vão pedir prorrogação do prazo que exige averbação de 20% das áreas agrícolas como reserva legal até 11 de dezembro e a revisão desse porcentual. Querem também reforma na legislação do cooperativismo em vigor desde 1971.


Fonte: Gazeta do Povo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Alterações em relaxar - Meio Ambiente


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu ontem que possíveis alterações no Código Florestal não contarão com relaxamento das normas ambientais. “Não vai haver um ‘liberar geral’ de forma alguma”, afirmou. “Se houvesse algum relaxamento seria uma contradição do Brasil, que acabou de anunciar suas metas para Copenhague”, acrescentou, referindo-se às metas nacionais de reduzir de 36% a 39% a emissão de gases de efeito estufa, que serão apresentadas na conferência internacional sobre mudanças climáticas, que ocorrerá no próximo mês na Dinamarca.
Meio Ambiente e Agricultura estão de lados opostos em relação ao Código Florestal. Um decreto presidencial determina que, a partir de 11 de dezembro, os produtores rurais que estiverem em desacordo com o Código passarão a ser punidos. “Certamente esse prazo será prorrogado. Para quando, não sabemos ainda”, considerou Minc.
De acordo com o ministro, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva arbitrar sobre os pontos em que não há consenso entre as duas Pastas e a Casa Civil, segundo ele, está encarregada de elaborar os documentos com o tema. “Não há consenso. O que existe são pontos em comum e que não estão em comum”, disse. Minc explicou que já tranquilizou os ambientalistas em relação a três “pesadelos”, que, segundo ele, não serão retirados da lei. O primeiro diz respeito à anistia para desmatadores; o segundo tem relação com o fim da reserva legal; e o terceiro é sobre a regionalização das normas, a exemplo do que já fez o Estado de Santa Catarina, que criou uma legislação própria para as questões ambientais.
Fonte: Jornal O Paraná.